“Operação Disparada” apreende 1,6 mil cabeças de gado em áreas embargadas no Pará

Operação disparada apreende gado

Mais 200 cabeças de gado foram flagradas sendo criadas em uma área embargada de 343 hectares desde 2010, no município de São Félix do Xingu. O responsável foi multado em R$ 1,7 milhão por impedir a regeneração da floresta. Cerca de 900 animais foram apreendidos em outra fazenda, com 1,3 mil hectares de área com atividade pecuária proibida, no município de Altamira. O proprietário foi multado em cerca de R$ 7 milhões por não permitir a recuperação do meio ambiente e em R$ 500 mil por não atender a notificação para retirar o gado da área.
Fiscais do Ibama ocupam desde quinta-feira (31/03) três fazendas que criavam gado em áreas desmatadas e embargadas no Sudeste e no Sudoeste do Pará. A ação faz parte da “Operação Disparada”, que combate a pecuária ilegal em cinco regiões da Amazônia Legal localizadas no Pará, no Mato Grosso e no Amazonas.
Na frente paraense, até o momento, cerca de 1,6 mil cabeças de gado foram apreendidas em Cumaru do Norte (500 bois), São Félix do Xingu (200) e Altamira (900). Em toda a Amazônia, o número chega a 4,5 mil animais. O gado flagrado nas áreas ilegais será doado ao Programa Fome Zero, do Ministério do Desenvolvimento Social.
“A operação quer mostrar ao produtor rural que não se admite mais a pecuária em área desmatada ilegalmente, que quem não respeitar os embargos e não se adequar está sob o risco de ter o rebanho apreendido”, diz o chefe da Divisão de Fiscalização do Ibama no Pará, Paulo Maués.
Além de perder o gado, os proprietários que descumpriram os embargos serão multados em R$ 5 mil por cada hectare onde impediram, com o pastoreio, a regeneração da floresta e entre R$ 10 mil e R$ 1 milhão pelo não atendimento à notificação para a retirada dos animais da área proibida.
Pecuária ilegal perde 1,6 mil bois
Os fiscais chegaram de helicóptero a uma propriedade multada em R$ 1,6 milhão em 2006 por ter derrubado mais de mil hectares de floresta em Cumaru do Norte, a 170 km de Redenção. A atividade pecuária estava proibida na área, mas o fazendeiro não respeitou o embargo. Para apreender os cerca de 500 animais flagrados pastando no local, o Ibama usou até cavalos. O responsável pela infração foi multado em R$ 5,3 milhões por impedir a regeneração da floresta e em R$ 200 mil por não atender a notificação do Ibama para a saída dos animais.
Mais 200 cabeças de gado foram flagradas sendo criadas em uma área embargada de 343 hectares desde 2010 em São Félix do Xingu. O responsável foi multado em R$ 1,7 milhão por impedir a regeneração da floresta. Cerca de 900 animais foram apreendidos em outra fazenda, com 1,3 mil hectares de área com atividade pecuária proibida, em Altamira. O proprietário foi multado em cerca de R$ 7 milhões por não permitir a recuperação do meio ambiente e em R$ 500 mil por não atender a notificação para retirar o gado da área.
A “Operação Disparada” não tem prazo para terminar. Novas propriedades serão vistoriadas e poderá haver mais gado aprendido no Pará. A duração da operação dependerá da disposição dos infratores de retirar os rebanhos das demais áreas desmatadas ilegalmente e cujos embargos não estão sendo respeitados no estado. Atualmente, o cadastro de áreas embargadas do Ibama registra mil propriedades embargadas no Pará e cinco mil em toda a Amazônia Legal.

Fonte: Nelson FeitosaAscom/Ibama/PA

Um comentário em ““Operação Disparada” apreende 1,6 mil cabeças de gado em áreas embargadas no Pará

  • 5 de abril de 2011 em 12:32
    Permalink

    por que o pt nao vai prender os gados da regiao sul do pais? pra doar ao programa fome zero e deixa os nossos produtores em paz. sera que so o boi daqui e melhor!

    Resposta

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *