ALCOOLISMO

Está comprovado que o álcool além de viciar, age como doença no organismo humano. A dependência progressiva na vida do alcoólatra leva a outras drogas e complica mais ainda. Milhares de famílias são atingidas pelo alcoolismo. Membros da família caem no mundo do vício, muitas vezes, conduzidos pelos próprios pais, parentes e amigos.

Tudo começa com a criança incentivada a beber. Acontece, quase sempre, por ocasião de festejos que vão de aniversários a datas comemorativas. É a maneira de provar que é macho. Um simples copo representa o início do alcoolismo em quem já nasce com essa tendência em função da característica hereditária de cada um.

A ciência tem constatado, através de pesquisas, que desde o momento da convivência dos casais, envolvidos em bebedeiras, começa o perigo para mais de uma geração alcoólatra. A tendência dos filhos é nascerem propensos a deficiências orgânicas e mentais. O nervosismo provocado pelo álcool leva o viciado a convulsões e ao crime. Os netos vêm ao mundo em situações bem piores que o avô. Se caminharem para o alcoolismo irão sofrer epilepsia junto a outros sintomas. Os bisnetos ultrapassam os filhos e os netos. Estão sujeitos as conseqüências maiores. Em muitos casos são anormais. O alcoolismo da mãe afeta a criança antes de nascer. Não precisa nem seguir os passos dos pais para se tornar alcoólatra.

O alcoolismo é a doença crônica mais antiga da terra. Leva as pessoas viciadas ao fundo do poço. A Organização Mundial de Saúde reconhece que o vício do álcool é uma enfermidade bastante complexa. Em geral atinge as pessoas dos mais diversos segmentos da sociedade. A ampla propaganda voltada para as bebidas alcoólicas parece ser boa conselheira quando diz: “Beba com moderação”. Será possível para o alcoólatra depois de beber bastante: Na realidade, a propaganda só faz aumentar o número de doentes.

Existe uma classificação conforme as fases de bebedeiras. A primeira é vista como momentos alegres e eufóricos que leva a beber sempre. Não é capaz de perceber que entorpece o sistema nervoso. A tendência é cada vez mais aumentar a dose. Provoca muita diversão. É chamada fase do “Macaco”. A segunda fase é a do “leão”. O Alcoólatra sente-se incrivelmente forte. Se era calmo, vira valente. Espanca a mulher, filhos e desafia os vizinhos. Acaba parando na Delegacia de Polícia. Numa terceira fase fica sem condições próprias. Passa a ser conhecido como “Porco”. Fica sujo. Não toma banho. Não tem nenhuma responsabilidade. Atua como louco de forma violenta. Agride os membros da família e acaba em separação, prisão e até morte.

Mesmo com tudo que se vê, é possível ter uma solução. A maior barreira para o viciado em álcool é aceitar tratamento e recuperação. Existem os centros de reabilitação onde consta o programa de “Alcoólicos Anônimos”. Nestes centros atuam como terapeutas, alcoolistas recuperados que se empenham em ajudar o alcoólico a se livrar da doença provocada pelo consumo do álcool. A cura do alcoolista depende muito da compreensão da família e da vontade do doente. As vítimas do vício não percebem o risco pelo qual estão passando. Se aceitarem realmente o tratamento, os alcoólatras ficarão curados.

 Por: José Alves