Empresa aplica calote no Município de Juruti

Reunião na ACEJ contou com vários fornecedores

Cerca de vinte fornecedores da empresa JNS compareceram na reunião realizada nesta quarta-feira, 6, no auditório da Associação Comercial e Empresarial de Juruti (Acej), quando o principal assunto foi a dívida da referida empresa para com fornecedores do Município, que gira em torno de R$ 300 mil. O presidente da Acej, Gustavo Hamoy, coordenou a reunião e disse que o evento demonstra a preocupação que a entidade tem com a classe empresarial de Juruti, notadamente os associados, e reafirmou que toda vez que a Acej for solicitada estará sempre à disposição para defender os interesses de seus associados.

A empresa JNS foi representada na reunião pelo senhor Adevanir Paulino de Oliveira, coordenador de equipamentos da empresa. Segundo ele, a JNS tem todo interesse de pagar as dívidas junto aos fornecedores locais, mas alegou falta de dinheiro, uma vez que a empresa não recebeu pagamento de serviços realizados em outros estados do Brasil, como Maranhão e Jirau, Roraima. Os empresários reagiram dizendo que a JNS pagou algumas empresas de fora de Juruti e vem fazendo compras à vista em outras cidades, deixando os fornecedores locais sem receber seu dinheiro.

Depois de ser pressionado pelos empresários presentes à reunião, o diretor da JNS anunciou que a empresa vai vender alguns equipamentos que estão na usina de Jirau e garantiu que até dia 30 de abril estará chamando os credores para negociar e pagar as referidas dívidas. Segundo ele, essa medida já vem sendo adotada pela JNS, de vender equipamentos para quitar dívidas, priorizando os credores de Juruti. O associado Walbert Bernardes lamentou que a JNS tenha sido beneficiada com um contrato com a Alcoa para poder pagar seus fornecedores, mas não cumpriu com os compromissos.

No final da reunião o representante da JNS garantiu que a empresa vai pagar todas as dívidas feitas em Juruti. Os associados aprovaram ainda o indicativo para uma reunião com o diretor da Alcoa em Juruti, Cláudio Villaça, a fim de que ele dê explicações sobre a forma como essas empresas são contratadas para prestar serviços à Alcoa, já que existe um acordo com a Acej para que a Alcoa não contrate empresas que estejam com débitos no comércio local.

Por: Carlos Cruz

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *