Colonos da PA-Mojú estão marcados para morrer

Com medo de morrer, colonos se reuniram para pedir providências das autoridades

Assentamento Pa-Mojú e seus problemas –

O agricultor Manoel da Silva, que também é vice-presidente do Conselho Municipal de Placas, disse que onde mora, na comunidade Princesa Isabel, na Pa-Mojú, não existe nenhum posto de saúde, apenas uma agente de saúde para atender mais de 50 famílias. Junto com ele, seu vizinho Adauto Barbosa Costa, confirmou as reclamações da falta de infra-estrutura e foi mais além: ”Nós não temos segurança de jeito nenhum no local onde moramos”.

Para ilustrar a triste situação dos colonos que vivem no assentamento PA-Mojú, no último final de semana, um agricultor conhecido por “seu Dico” foi morto na comunidade Santa Rita de Cássia, com três facadas. Um crime que parece ter sido perfeito, pois não se tem pista do autor ou de quem teria sido o mandante, e ninguém sabe o motivo do crime. A Polícia foi procurada, mas nada conseguiu apurar ainda.

Outros crimes sem solução – Esta semana, chegaram à nossa redação mais denúncia de crimes que aconteceram na comunidade Santa Rita de Cássia, no travessão 140, da PA-Mojú, mas não foram descobertos nem motivos, muito menos os autores. Um rapaz conhecido por Raimundinho e outro conhecido por ”Seu João” tombaram assassinados por tiros. Com medo, os colonos de outras comunidades de agricultura familiar esperam pelo pior: ”Nós que trabalhamos à frente das comunidades somos muito visados; estamos marcados para morrer”, avisaram.

Estiveram em nossa redação os integrantes do Conselho Municipal de Placas, o presidente Antônio Pereira e o vice-presidente Manoel da Silva. Na oportunidade, fizeram sérias críticas ao Incra, por não trabalhar de acordo com as necessidades dos agricultores, principalmente nos Assentamentos Mojú I e II. Segundo o documento que nos foi entregue pelos membros da Comissão Municipal e assinado por várias lideranças na região, o Incra, que deveria ser o órgão que facilitaria a vida nos assentamentos,  não fez os procedimentos legais e está contribuindo para o clima de guerra e desconfiança que impera na região.

Segundo este mesmo documento, o Incra não fez os procedimentos legais diante da Sema para liberação das LIO, que seria a permissão para que os agricultores dos Assentamentos Moju I e II pudessem ter acesso ao crédito financeiro e pudessem ter a posse definitiva de suas terras, para desenvolvê-las.

Para completar, eles também reclamam que os micro-sistemas de Energia, não estão sendo devidamente administrados, pois em muitos destes os responsáveis não estão prestando contas do dinheiro que recebem pela cobrança de taxa de manutenção. Ao final, o Conselho Municipal de Placas se manifestou de forma parceira com o Conselho Municipal de Santarém para solicitar providências junto às autoridades competentes. Comunitários do Corta-Corda vão a Câmara fazer reivindicações – Na semana passada, uma comissão de moradores da região do Corta-Corda, em Santarém, esteve na Câmara Municipal de Santarém em busca de soluções para os inúmeros problemas que estão enfrentando. Depois de muito procurar, foram recebidos pelo vereador Erasmo Maia, (DEM), com quem tiveram uma reunião. Ao final, a promessa de que o Legislativo Municipal vai se empenhar para resolver as muitas reivindicações que foram feitas pelos comunitários.

Em contato com a equipe do jornal O Impacto, os representantes das comunidades agrícolas Lagoa Azul, Cícero Mendes, Bom Futuro, Enseada do Corta-Corda, Novo Horizonte e Água Azul, na região do Corta Corda, reivindicam melhorias no fornecimento de energia elétrica onde moram, com a conclusão das obras iniciadas pela Rede Celpa na região, dentro do programa “Luz para Todos”. Sem energia elétrica, os agricultores tentam como alternativa a força das micro-usinas que foram construídas pelo Incra. “O projeto é muito bom, a solução foi acertada, mas com o tempo está perdendo seu objetivo. Como nós fomos contemplados com o projeto “Luz para Todos”, do governo Federal, estamos pleiteando esse benefício”, disse um líder comunitário.

Reconhecendo o grande benefício que podem obter com a instalação de rede de energia elétrica na região do Corta-Corda, acharam conveniente procurar pela ajuda do Legislativo, através do vereador Erasmo Maia. “O Incra já construiu duas micro usinas, mas que estão se tornando insuficientes”, citou o presidente de uma das comunidades presentes na reunião com o Vereador.

Por: Carlos Cruz

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