Oxi, a droga da morte, já começa a ser consumida em Santarém
A apreensão de três quilos e meio em Santarém de uma nova modalidade de droga colocou em alerta os órgãos de Segurança e Repressão a Entorpecentes. Um exame mais minucioso vai revelar se a substância é mesmo o OXI. “Esse novo tipo de drogas vicia mais rápido e mais barato (metade do preço), porém, é mais letal que o crack”, admite o agente da polícia federal Ulisses Tavares.
O Oxi já vinha sendo aprendido nas operações de rotina, no porto de Óbidos, mas a região serviria até então como corredor do tráfico, apesar das ações da Polícia Federal no porto daquela cidade.
A rapidez no aumento do consumo tem um atrativo principal, que é o preço. Seu efeito, dura apenas 15 minutos, mas age com 8 segundos depois da inalação. Mas pode matar o usuário dentro de um ano.
Seus componentes são a “borra” do crack, adicionada a cal virgem, querosene e ácidos oxidantes, como o usado nas baterias de carros. Esses ingredientes mais baratos aceleram o metabolismo, com uma resposta muita mais rápida do que as drogas mais conhecidas. Produtos mais baratos do que o bicarbonato e o amoníaco usados na química do crack. Na cracolândia a pedra é vendida a R$ 2; a de crack custa R$ 10.
Da mesma forma como vicia mais rápido, também mata em menor tempo.
As fronteiras do Brasil, notadamente do Acre, são as principais portas de entrada da nova droga, como acontece com a cocaína e o crack.
As cidades do Norte, que servem de passagem, já registraram apreensões superiores a duas toneladas. A maioria do Oxi vai parar na cracolândia, que, aliás, poderá mudar de nome, e logo passará a ser chamada de oxilândia, em homenagem à nova droga. A banalização não chama mais nem a atenção das autoridades, nos grandes centos, mesmo com o nome estarrecedor de “droga da morte”.
Por: Carlos Cruz