Câmara Municipal discute ações para esporte amador em Santarém
Uma sessão especial que aconteceu na manhã de ontem na Câmara Municipal de Santarém discutiu ações a favor da prática do esporte amador na cidade. Vários problemas, como a falta de lugares apropriados para treinos dos atletas e disputa de competições, são apontadas por desportistas santarenos, como fatores que travam o desenvolvimento do esporte amador no Município.
Para o vereador Valdir Matias Júnior (PV), autor do requerimento da sessão especial, o futebol amador é praticado nos quatro cantos do País, geralmente nas periferias das cidades e em grande parte coordenados por Ligas Municipais nos municípios. Ele garante que os jogadores praticam por puro prazer, sem ganhar praticamente nada e superam as dificuldades que existem, como os poucos campos disponíveis, parcos auxílios do Poder Público e ausência de patrocinadores.
“Futebol amador, uma paixão que supera dificuldades – uma definição muito apropriada para o Futebol Amador em Santarém”, declarou Matias Júnior.
Segundo ele, se torna difícil explicar e traduzir à sociedade brasileira sem associá-la ao futebol, esporte considerado eterno e, que vive na alma do povo, por ser o mais popular no Brasil. O Vereador acrescentou ainda que o futebol desperta diferentes sentimentos nos que o acompanham e, que interfere direta e indiretamente na vida de todos, mas que em Santarém o esporte amador não vem recebendo apoio necessário.
“Será que um maior incentivo por parte do Poder Público e das empresas não proporcionariam mais atratividades e competitividade nas competições amadoras? Com a intenção de responder estas questões, viemos através deste debate, clarear alguns aspectos que norteiam o FUTEBOL AMADOR EM SANTARÉM, que, praticamente caminha sozinho, com o mínimo de apoio possível; sem deslumbramentos de incentivo direto por parte do Comércio e das Empresas locais”, apontou Matias Júnior.
REVELAÇÃO – O vereador Valdir Matias lembra que o futebol amador em Santarém já foi grande e, que revelou craques para brilharem em todo o Brasil e em outros países, e que hoje passa por uma situação difícil, que tem demonstrado a quem trabalha e pratica ser uma profissão sem futuro. “Ou futuro sem profissão? Daí nossa intenção para que a sessão especial encontre um caminho para que novamente volte a galgar um lugar de destaque no cenário futebolístico paraense e nacional, com referência ao surgimento de jovens craques”, destacou o parlamentar.
CUSTOS – Ouvido pela Assessoria de Comunicação da Câmara, o vereador Valdir Matias Júnior disse que fazer esporte é muito caro, com isso ele defende que os clubes tenham uma gestão voltada para a captação de recursos financeiros, de forma que as empresas patrocinadoras possam abater no imposto de renda devido. “Só que para isso precisa de capacitação, treinamento, de forma que se consiga realmente melhorar a gestão dos clubes, nosso futebol já foi muito forte, um dos melhores do Norte e Nordeste do País e o que se quer é discutir ações de forma atual, eficiente, de acordo com o Estatuto do Torcedor, alinhados com a nova forma de gestão que a Confederação Brasileira de Futebol, está implantando no esporte brasileiro”.
Novos craques – Em relação a revelação de novos craques para o futebol, Matias Júnior entende que isso está acontecendo, no momento ocorre o campeonato santareno sub-17, o qual segundo ele, tem mostrado muitos talentosos novos atletas que vem despontando. “Se a gente conseguir apoiar e fortalecer isso, nós vamos conseguir revelar atletas para todo o Brasil”, destaca.
LIGA ESPORTIVA – O presidente da Liga Esportiva de Santarém (LES) Silvestre Campina, relatou as necessidades básicas da instituição, que segundo ele, passa pela situação financeira de cada clube. O presidente da LES entende que os clubes do futebol amador, fazem um trabalho social, observando que a maioria deles são administrada por famílias, “que nem sempre tem as condições necessárias para levar o clube à frente, o que nós queremos da Câmara é que junto a prefeitura, faça valer o orçamento destinado a Liga e aprovado pelo Legislativo no valor de R$ 265 mil e com isso se faça um futebol diferente da forma como é hoje, com a carência que tem”, argumenta.
NOVO ESTÁDIO – Silvestre Campina pediu que a Prefeitura construísse um estádio municipal, de menor tamanho que o Colosso do Tapajós, onde são realizados jogos do futebol amador e as despesas triplicam. “Minha sugestão é de termos um estádio para cinco mil pessoas, para atender competições do futebol amador de Santarém, o estádio Colosso do Tapajós, da forma como está sendo construído e organizado, não vai servir para o futebol amor”, defende.
Por: Manoel Cardoso