Plantão do Bocão

PARINTINS 

O anúncio da Justiça Federal de autorizar a reabertura do Aeroporto de Parintins, reacendeu as esperanças dos agentes de turismo da região, em razão da proximidade da realização do festival dos bois. O aeroporto foi interditado em setembro de 2010 pela Justiça Federal, seguindo denúncia do Ministério Público, dado o risco iminente de acidentes de aeronaves com aves de rapina principalmente urubus, que se concentravam em um lixão às proximidades. O juiz Dimis da Costa Braga ficou convencido, depois de apreciar novo laudo de vistoria de segurança operacional, do Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes, ligado à Aeronáutica. O documento comprova o cumprimento do município em adotar medidas que diminuíram a presença das aves indesejáveis nas proximidades.

PARINTINS II

Enquanto isso, outra preocupação, é o porto que continua interditado. A fúria das águas do Rio Amazonas, fez estragos nas obras de ampliação daquele logradouro. As bóias de sustentação da plataforma, não resistiram e os prejuízos foram inevitáveis. As obras de restauração, já foram concluídas, mas aguardam sinal verde da Superintendência da Administração das hidrovias da Amazônia Ocidental (AHIMOC). O prefeito de Parintins, Bi Garcia, reuniu no último final de semana com o superintendendo do órgão, Sebastião Reais, para tratar sobre a reabertura do local. Parintins tem características peculiares de ilha, e depende fundamentalmente dos meios de transporte aéreo e fluvial para sustentar a sua base econômica, principalmente durante o festival dos bumbas que leva um gigantesco público para prestigiar o espetáculo que acontece todos os anos no final de junho. Imagine só se o Amazonas não tivesse Alfredo Nascimento como Ministro dos Transportes.

BURACOS

O 3º Batalhão de Polícia Militar, por seu Pelotão de Trânsito, divulgou o balanço dos acidentes no primeiro quadrimestre no ano. De janeiro a abril, foram registrados 203 acidentes, sendo 6 com vítimas fatais. As motocicletas foram as vilãs com a quase totalidade da estatística. Número superado em 39%, comparado ao mesmo período do ano passado. A imprudência foi apontada como o principal motivo dos acidentes com 90% dos casos, mas o que surpreendeu foi saber que a maioria dos 10% restantes, foi atribuída à má conservação das ruas da cidade. Com a palavra, o Secretário de Infraestrutura Inácio Corrêa, o Secretário de Transportes Sandro Lopes, e principalmente a ordenadora de despesas prefeita Maria do Carmo.

ALTAMIRA FORA I

A professora Raquel Santana, que já foi atuante no Comitê pró-criação do Estado do Tapajós, esse era o nome, é saudosista ao lembrar que logo no início das articulações pela criação do Estado do Tapajós, o poder público municipal era mais generoso. Ela recorda que com a ajuda inconteste do então prefeito Ronan Liberal, era possível se ter mais mobilidade, com os custos bancados pela Prefeitura de Santarém, para as visitas aos municípios da região. Lembra ainda que naquela ocasião, Altamira não constava no projeto inicial como integrante do novo Estado. Os motivos ficavam por conta do argumento que motiva até hoje a criação de novas unidades federativas: a extensão territorial dos estados da Amazônia.

ALTAMIRA FORAII

Diferente de antes, o comitê encontra inúmeras dificuldades para fazer mobilizações. Uma sala acanhada cedida pela Câmara Municipal de Santarém é o QG Tapajônico. Quem sabe agora as coisas mudam, e os políticos e empresários possam se engajar mais, para se contrapor à elite de Belém, que por si só já tem estrutura de sobra para se contrapor, inclusive com a anuência da Casa Civil do estado do Pará, leia-se Zenaldo Coutinho. Diante dos obstáculos, a palavra de ordem agora é a unidade regional, palavras neste momento bastante usadas, pelo coordenador do comitê, professor doutor Edvaldo Bernardes.

Por: Emanuel Rocha