Informe RC

VISÕES DIFERENTES

O ex-presidente Lula e a atual possuem estilos diferentes de encarar denúncias e suspeitas de envolvimento de seus ministros e auxiliares em casos de corrupção, como ocorreu com os escândalos do mensalão, sanguessugas, vampiros, aloprados e outros mais. O primeiro dizia não ver, não saber e nem ouvir falar, deixando a oposição no Congresso criar CPIs e sentia resultados, apesar dos desgastes. Demitia “a pedido” ministros, dirigentes e diretores de estatais e afastava os companheiros aloprados, a última a ser atingida foi a amiga da presidente, Eurenice Guerra. Assistia deputados de seu partido e aliados serem cassados na Câmara Federal e outros renunciando para não terem o mesmo fim. Com a companheira Dilma, ainda no 4º mês de mandato, tem sido diferente e ainda dizem da excelência ser durona, mas não. Mandou blindar ministros acusados pela Controladoria Geral da União de embolsarem diárias indevidamente, fazendo o mesmo com o ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, que não recebendo herança e nem acertado na mega-sena, em 4 anos multiplicou seu patrimônio por 20, “prestando consultoria”, o que a Comissão de Ética da Presidência achou natural. Sua ligação com uma empresa de recolhimento de lixo em Ribeirão Preto, a quebra do sigilo bancário do caseiro Francenildo e sua freqüência quando ministro da Fazenda “2003/2005” a uma mansão de lobby e libertinagem em Brasília, ainda estão bem vivas na memória dos brasileiros. Muito cedo para serem esquecidas.

MAIS UM NÃO FAZ DIFERENÇA

Num País abrigando narcotraficantes das FARC, criminosos e seqüestradores do Paraguai, e outros entulhos antidemocráticos da America do Sul, vivendo momentos de insegurança generalizada, travando batalha feroz contra bandidos e traficantes, na sua 3ª Campanha de Desarmamento, usando forças policiais para expulsar malfeitores dos morros no Rio de Janeiro, ter mais um “especial ou vip” gozando de regalias na condição de refugiado político, como o delinqüente italiano Cezare Battisti, autor de 4 homicídios na Itália, condenado a prisão perpétua e foragido da Justiça italiana, a qual pede sua extradição, não faz diferença. Preso no Brasil há 4 anos “hospedado na Penitenciária da Papuda em Brasília”, o falso ativista “político”, amigo do ex-ministro da Justiça Tarso Genro, senador Eduardo Suplicy e simpático a “democratas” da esquerda brasileira, seu pedido de extradição vai a julgamento pela 2ª vez em definitivo (na 1ª foi expulso) pelo Supremo. Se vai cumprir pena na Itália, onde cometeu seus crimes, ou se vai ficar de vez, virar brasileiro e curtir as praias cariocas, graças aos bons companheiros, os ministros vão dizer. Se for solto, bom se o governo liberasse Fernandinho Beira Mar e Marcola do PCC, para serem seus secretários particulares.

PREFEITA ENROLADA

A conversa que sempre chega à coluna de leitores de Novo Progresso é da Prefeitura estar mergulhada num lamaçal de corrupção e a Prefeita (esposa de um ex) estar sendo uma decepção e do antigo cowboy, Tony Fábio, tido como pior gestor de sua curta história, caso seja candidato a Prefeito nas municipais de 2012 é imbatível, se a atual, Madalena Hoffyman, disputar a reeleição. O último mal feito, entre dezenas imputados a gestora, é do envolvimento de seu Município (único no Pará) entre outros distribuídos por 7 estados, segundo a Polícia Federal, no desvio de recursos federais “fraudes em licitações”, destinados à educação, infraestrutura e compra de medicamentos “não entregues, mas pagos”, cujo montante apurado pela Controladoria Geral da União ultrapassa 500 milhões de reais. Seu representante na maracutaia (chefe do setor de licitações), em prática há bastante tempo, foi preso, e o alcance deve ter rendido muitos milhões. Para a população de Novo Progresso sentir saudades do Tony, o estrago feito pela Madalena ou seu mentor, deve ter sido grande.

PRENDE E ARREBENTA

Na opinião do presidente da OAB- secção do Pará, Jarbas Vasconcelos, o trâmite das ações na Justiça contra prováveis responsáveis pelo desvio de dinheiro público da Assembléia Legislativa, pode chegar a 15 anos. Com a morosidade do Judiciário, decantada em prosa e verso, o advogado tem razão, pode chegar a mais ou ao ponto pior: não punir ninguém. Só não pode, o presidente da entidade, em seu estilo Prende e Arrebenta, arvorar-se a autor dos pedidos de prisão, sequestro de bens e da perda dos direitos políticos dos envolvidos, sem antes os Ministérios Públicos do Estado, Federal, do Trabalho, Polícia e Receita, concluírem as investigações e apontarem os autores. Não corra, Dr. Jarbas, não atropele os magistrados. Assim como a Lei não protege quem dorme, a pressa é inimiga da perfeição.

VAREJO E ATACADO

Santarém continua sendo apontada (segundo “senadores” do “Senadinho” das laterais da Garapeira Ypiranga) como paraíso dos traficantes de drogas, pelas facilidades proporcionadas (estradas e rios), não só à entrada como saída dos produtos para diversas praças do Pará e do Norte, isso sem contar com milhares de carros e motos, sendo, os primeiros, financiados a laranjas por financeiras de bancos. Difícil passar dia sem a Polícia Federal, ou Civil, fazerem apreensão de drogas e prisão de traficantes em cidades do Oeste paraense ou da Transamazônica. Quanto mais apreendem mais drogas aparecem, não é a toa que os “senadores” calculam de milhares de veículos circulando na região sejam de origem duvidosa e de funcionarem na cidade acima de uma centena de bocas de fumo atuando no varejo e no atacado.

GUERRA ENTRE “SANTOS”

Pelo que se lê na imprensa, comprovado pelo que se assiste nas programações de TVs, a guerra entre as seitas evangélicas por espaço nas grades de programação das emissoras é grande. Dia 20, a Igreja Universal, ligada a Rede Record, do bispo Edir Macedo, propôs a compra “dizem da oferta ser irrecusável” dos horários da madrugada do SBT, de Sílvio Santos, cuja esposa é fiel da Renascer, sendo a maior dizimista depois da saída do jogador Kaká. Em Belém, segundo coluna do jornalista Mauro Bonna, a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias (Mormom) comprou à vista, por 21 milhões de reais, de uma construtora, um terreno de 27 mil metros quadrados, distante do centro da cidade. Combater o capeta às porradas, fingindo amar a Deus, mostra estar sendo um bom negócio.

COMO SERÁ O AMANHÃ?

Apontado pela mídia internacional no rol dos países mais violentos do planeta, onde nas grandes cidades, criminosos/assaltantes e traficantes são filmados portando fuzis, metralhadoras e mais bem equipados que a Polícia, ainda contando com ajuda de policiais corruptos, torna difícil, apesar dos esforços de governos, combater a marginalidade. Milhares de vidas preciosas são encurtadas diariamente, levando as pessoas de bem a insegurança nas ruas, lares, colégios e locais de trabalho. Semana passada, canais de TVs mostraram ao Brasil, numa escuta telefônica autorizada pela Justiça, como um bandido, preso no estado de Minas, controlava vidas de dentro da cadeia, se comunicando por celular com seus comparsas do lado de fora. Contrariado com os homens da Lei, ordenou a queima de ônibus urbanos (11) em Belo Horizonte e orientava sua quadrilha a explodir 4 viadutos na cidade, onde já estavam plantadas 150 bananas de dinamite, descobertas pela Polícia. O ruim é não sabermos como será o amanhã.

ENTRE O SANTO E O PROFANO

Domingo passado, quando o País representado por sua Presidente assistia a missa de beatificação da ex-freira, Irmã Dulce “a Santa dos pobres”, em Salvador na Bahia, depois de comprovadas curas pelo Vaticano, o deputado Paulo Maluf “PP de São Paulo”, procurado pela Polícia Internacional “Interpol”, com ordem de prisão em 180 países “por avanços no alheio” era eleito presidente da legenda (chapa única) por unanimidade. Agradecendo a confiança, relembrava o escritor Gonçalves Dias, declarando: a vida é um embate. Enquanto era comemorado o Santo e o Profano, a deputada federal Jaqueline Roriz “PMN”, respondendo processo no Conselho de Ética da Câmara Federal, envolvida em corrupção (mensaleira), exibida nas TVs embolsando 50 mil reais, representava a Câmara dos Deputados no Fórum Permanente para Comunidades Indígenas da ONU, em Nova York. Parece o fim da picada, mas no Brasil não é.

ESCORREGÃO FEIO

A Ministra da Pesca e da Aquicultura, Ideli Salvati “PT”, em entrevista concedida a jornal de Belém, aborda a atividade pesqueira na região amazônica, especialmente no Pará, tido como o 2º produtor de pescado do País, onde se encontra o maior número de pescadores artesanais e de recebedores do Seguro Defeso (50% fabricados), pescando diariamente (sobem e descem as águas), não foi feliz em determinadas colocações, a não ser de saber do produto chegar ao consumidor (caro) devido a figura do atravessador, prometendo exterminá-lo, não disse como. Mas a Ministra deu um escorregão feio em relação ao consumo, disse da média nacional ser 10 quilos/ano por habitante, até aí tudo bem, e os paraenses consumirem 180, ou seja, ½ kg todo santo dia, de janeiro a dezembro. Quem dera! Se fosse assim, no Pará não teria miséria, não faltava merenda escolar e nem havia Bolsa Família.

O SONHO FICOU DISTANTE

Não causou surpresa na região Oeste paraense a ação impetrada junto ao Supremo Tribunal Federal pelo desconhecido suplente e Deputado de ocasião, Celso Sabino, contra ato da Mesa Diretora da Câmara Federal, pedindo anulação do Decreto Legislativo autorizando a realização do plebiscito para criação dos estados do Tapajós e Carajás, negado pela ministra Elenn Grace. Alegava da matéria ter sido aprovada num plenário vazio, numa votação simbólica. Como atua em campo oposto, tentou denegrir a aprovação do projeto. Surpresa e tiro no pé causou o senador Flexa Ribeiro, ao apresentar no Senado, Projeto de Emenda à Constituição “PEC” aprovado a toque de caixa na Comissão de Constituição e Justiça (unânime) definindo a participação na consulta de todos os eleitores do Estado, somado aos da área a ser desmembrada. Pelos votos que obteve na região, o Flexa não devia ter tomado a iniciativa. O sonho da criação do Estado fica mais distante, mas vale lutar.

NO MEIO DO ROLO

Se real o divulgado na imprensa da capital, do envolvimento de deputados com servidores da Assembléia Legislativa nas fraudes em apuração por diversas entidades da Justiça, tem um da região, cujos votos obtidos noutros municípios na sua reeleição “2010”, surpreendeu seus adversários em Monte Alegre, Prainha e Almeirim, que à época não acreditavam em sua eleição, o deputado Júnior Hage, atual Secretário Estadual do Trabalho. Júnior é apontado como um dos beneficiados pelo esquema de surrupiação de verbas do Legislativo paraense por meio de 14 “funcionários” instalados em seu gabinete, percebendo gordos contracheques e montão de tíquetes-refeição, orientados pela parenta Daura Hage “28 anos de casa”, por sinal uma das mais bronqueadas. E olhem que o Júnior Hage lutou, com a ajuda da mamãe, para ser conselheiro do TCE. Deus sabe o que faz.

NÃO VAI PEGAR NADA

A senadora do PSOL, Marinor Brito, “eleita” com votação de Vereador, no gozo de seus últimos minutos de fama para ceder o lugar ocupado, no entendimento do Supremo “contrariando o TSE” ilegalmente, tem se esforçado para marcar sua passagem no Senado Federal, mostrando estar preparada para disputar a Prefeitura de Alenquer, sua terra natal. Neste 2º semestre do mês, numa troca de ofensas (parte a parte) só adjetivos cabeludos, com o famoso deputado encrenqueiro, Jair Bolsonaro, não se fez de rogada, através de seu partido protocolou representação contra o parlamentar no Conselho de Ética da Câmara, pedindo sua punição por falta de decoro. Pura perda de tempo, sua intenção tem tudo para dar em nada.

Por: Ronaldo Campos

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