Professores de Santarém decidem manter greve

Professores a favor da greve

“A greve continua, Jatene a culpa é tua”, esse foi o grito da votação dos professores do Estado na tarde de ontem, sexta-feira (18). A categoria em Santarém (PA) deixou de atender a determinação do Sindicato dos trabalhadores em Educação Pública do Estado (SINTEPP), na capital. Em Belém a direção geral decidiu em Assembléia pelo retorno, na segunda-feira, dia 21, no entanto, com prenúncio de paralisar. “Acompanhada da firme disposição da categoria de reiniciar o seu movimento grevista, caso o governo Jatene ignore as condições aprovadas pela assembléia para a suspensão da greve e, continue fugindo de seu dever de cumprir a Lei Federal que dispõe sobre o Piso Nacional do Magistério, bem como, a Lei Estadual do PCCR”.

O posicionamento da categoria em Belém causou divergência com o movimento em Santarém. Foram colocados vários pontos na mesa de discussão, como acompanhar a decisão na capital, o retorno, somente na sexta-feira (25), o retorno somente após o plebiscito, até ao extremo, a decisão viesse do Supremo Tribunal Federal (STF). Abaixo dos gritos de euforia de toda categoria no auditório da Casa de Cultura, o presidente do Sinttep, em Santarém, Noel Sanches, disse que a decisão votada por todos determinou a continuidade da greve por tempo determinado, no Município. “Entendemos que isso é uma maneira de reivindicar a decisão do Sintepp da capital como forma de protesto à unanimidade naquilo que acredita, gostaríamos que estivesse mantida a greve. Claro que a nossa decisão aqui foi bem amadurecida e estamos preparados par aos golpes que poderão vir”, disse Noel Sanches.

Noel Sanches, presidente do Sintepp

Para o membro do movimento, professor Márcio Pinto, informa sobre o entrave do governo do Estado para o pagamento do Piso Nacional. “Sabemos que Lei do Piso quando foi implementada, alguns municípios e alguns estados não tinham condições de pagar. E por causa disso houve uma previsão de recurso federal. Existe cerca de 800 milhões de reais nos cofres do governo Federal que são para fazer a cobertura desses municípios e desses estados que não têm condições de efetuar o pagamento. O governo já a oficializou o MEC requerendo isso. Mas, o governo do Estado precisa provar para o MEC e para governo Federal que não existe essa condição. E até o momento eles não conseguiram provar. Então, fortalece a tese dos estudiosos na educação. O governo do Estado tem dinheiro, mas o que não existe é vontade política de fazer isso”, declarou Márcio Pinto. 

O comando do movimento em Santarém deve reunir na próxima sexta-feira, dia 25, na quadra do Escola Estadual Onésima Pereira Barros, para decidir o possível retorno na segunda-feira, dia 28.

Fonte: RG 15/O Impacto e Alcaine Ayres

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