Saúde: médicos suspendem atendimento

PSM da 14 de Março

Em assembléia realizada na noite desta segunda-feira (21), os cooperados da Cooperativa dos Profissionais de Saúde da Amazônia (Amazoncoop) decidiram paralisar o atendimento depois do atraso nos pagamentos de salários que já dura quatro meses. Os médicos cooperados, 350 no total, aguardaram até o início da noite o encaminhamento de um comprovante de depósito bancário no valor de R$ 2.439.990,00, referentes aos meses de julho e agosto, que seria encaminhado pela Sesma, mas que acabou não ocorrendo.

Segundo a assessoria da Amazoncoop, como não obtiveram nenhuma posição da Sesma e ontem encerrava também o contrato da cooperativa com a Prefeitura de Belém, os médicos decidiram encerrar o atendimento nas unidades de saúde administradas pela Sesma. “No futuro, caso a Sesma não se manifeste (sobre os pagamentos atrasados), a dívida será cobrada em juízo”, afirmou a assessoria.

Os médicos atuam por meio de contrato com a Prefeitura de Belém em unidades de saúde municipal. Em reunião no Ministério Público do Estado na manhã de ontem, a secretaria afirmou que efetuaria o pagamento dos salários referentes a junho e julho, ainda ontem; e o de setembro seria pago na próxima segunda-feira. Tudo alarme falso.

A dívida da Sesma com os cerca de 350 médicos de várias especialidades que trabalham no setor de urgência e emergência da Região Metropolitana de Belém soma R$ 5,9 milhões, que inclui os meses de junho a outubro.

De acordo com o diretor geral da Sesma, Roberval Feio, está sendo esperado um repasse do governo do Estado para que estes valores sejam atualizados. “Já foi aberto um processo licitatório para renovação do contrato, esperamos que os médicos aceitem a proposta da prefeitura”, disse, ontem à tarde. Segundo ele, a renovação do contrato com a cooperativa é necessária, pois dela fazem parte profissionais especialistas em áreas com número escasso de profissionais. Quanto ao mês de outubro, Roberval garantiu que o pedido de pagamento só chegou até as mãos dele no dia 18 de novembro, desta forma, ele informou que será preciso esperar um pouco, mas não deu previsão de data.

Com o não-pagamento, o Samu, os prontos-socorros do Guamá, 14 de Março, Bengui, as unidades municipais de saúde do Jurunas, Cotijuba, Carananduba, Icoaraci e Hospital Geral do Mosqueiro vão ficar sem 70% dos médicos de urgência e emergência.

Fonte: DOL

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