Aulas são retomadas em seis escolas
De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), seis escolas retornaram com as atividades em Santarém: São Felipe, Julia Passarinho, Almirante Soares Dutra, Onésima Pereira de Barros, Terezinha de Jesus Rodrigues e na manhã desta quarta-feira (23), a escola Diocesana São Francisco.
A Secretaria Estadual de Educação (Seduc) baixou uma portaria determinando que cada escola deve fazer o próprio calendário, de acordo com os dias letivos que não tiveram aulas.
A secretaria assegura que em apenas 180 das mil escolas do estado o calendário escolar deve se estender até o ano que vem, pois na maioria das escolas o ano letivo deve ser encerrado em dezembro.
Segundo a Seduc o prazo final para a conclusão do ano letivo de 2011 é até 27 de março de 2012.
Situação escolas em Santarém
A greve dos professores da rede estadual de ensino já ultrapassa 50 dias em Santarém e na maioria das escolas as salas de aulas permanecem vazias. O movimento é uma reivindicação necessária por parte dos profissionais, mas também um momento para analisar como está a educação no estado e quais os problemas que afetam a educação básica e comprometem o ensino superior.
Em um levantamento divulgado este ano pelo Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) o Pará ocupa o 22º lugar no ranking que classifica a qualidade do ensino no país.
No grau de investimentos o estado está entre os seis piores. À frente apenas de Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Esse desempenho educacional que também é avaliado nos vestibulares. Nas provas fica claro o quanto a qualidade do ensino deixa a desejar.
“Toda a problemática da formação que está presente na educação básica ela vai ser sentida, quando esse aluno pretende ir para o ensino superior e quando ele chega na universidade. Vemos assim uma situação em que os alunos são do século vinte e um, os métodos pedagógicos ainda do século dezenove.” Destaca o professor universitário, Anselmo Colares.
Na universidade federal do oeste do Pará, dos 17.585 inscritos para uma vaga, 385 vem de outros estados e são eles que conseguem as melhores notas. Pelo Enem, método adotado na maioria das instituições de ensino superior no Brasil, a média é de 505,86 pontos contra 403,41 dos paraenses.
Uma situação parecida é identificada na Universidade do Estado do Pará (UEPA) na qual o curso de medicina é um dos mais concorridos, porém cerca de 70% dos alunos vem de outros lugares.
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