Cooperação viabiliza implantação de Núcleo Tecnológico em Aquicultura

Everaldo Martins Filho, Seixas Lourenço e Djalma Bezerra, na assinatura do convênio

A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) e a Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) assinaram no dia 1º de dezembro de 2011, em Santarém (PA), termo de cooperação técnica para criação do Núcleo Tecnológico em Aquicultura (NTA), que visa atender a comunidade acadêmica e os aquicultores familiares rurais do Oeste do Pará.

No valor de dois milhões de reais, o convênio tem por objetivo implantar na universidade o Núcleo Tecnológico de Aquicultura do Oeste do Pará, iniciativa coordenada pelo Instituto de Ciências e Tecnologia das Águas (ICTA) e vinculada ao Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós. O Núcleo terá cinco laboratórios (produção de alevinos; mini-fábrica de ração experimental; multifuncional de manipulação química; prospecção de peixes ornamentais; e gestão de efluentes) destinados a viabilizar estruturas de ensino e de pesquisa avançada nas áreas de cultivo de organismos aquáticos e de estudos de peixes ornamentais.

“O apoio recebido da Sudam é de fundamental importância para alavancarmos a aquicultura, um dos setores que é vocação na região”, afirmou o reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, durante a solenidade de assinatura, que contou também com a participação do Superintendente da Sudam, Djalma Bezerra de Melo, e do Secretário de Planejamento do município de Santarém, Everaldo de Souza Martins Filho. Segundo Seixas Lourenço, a instalação do NTA, através da cooperação firmada com a Sudam, representa o primeiro grande passo para a implantação do Parque de Ciência e Tecnologia do Tapajós, principalmente no que se refere ao uso sustentável da biodiversidade.

“Essa parceria vem desde o início da UFOPA, porque essa área toda do Campus Tapajós pertencia ao Centro de Tecnologia da Madeira, da Sudam”, lembra o Superintendente da Sudam. “A implantação desse centro de tecnologia é importante porque aquicultura e pesca são vocações da região, assim como também a madeira é uma vocação econômica. Estamos aplicando em algo que dará muitos frutos, como a melhor formação de recursos humanos para a Amazônia e a geração de novos produtos, resultantes da pesquisa”, afirma Djalma Bezerra de Melo. 

Um dos principais objetivos do Núcleo é o desenvolvimento de pacotes de cultivo de peixes como o tambaqui e do aracu cabeça-gorda, duas espécies bastante apreciadas na região. “Também pretendemos desenvolver pacotes de cultivos de outras espécies para ampliar o leque de cultivo na região”, explica o diretor do ICTA, Prof. Dr. José Reinaldo Pacheco Peleja.

O Núcleo contará ainda com uma pequena fábrica de produção de ração experimental para peixes, que deverá trabalhar com o reaproveitamento de resíduos da indústria pesqueira, como carcaças de peixes. Essa matéria-prima, que geralmente é descarta pela indústria, será utilizada na fabricação da farinha de peixe, um dos ingredientes componentes da ração. A iniciativa deve baixar o custo da ração, que é cara na região. “Hoje esse material é praticamente todo descartado, ocasionando um passivo ambiental. Perdemos uma matéria-prima importante que poderia ser utilizada no cultivo de peixes”, afirma Peleja.

Outra novidade será o laboratório de gestão de efluentes que vai dar suporte tanto para o estudo da qualidade de água para se trabalhar o cultivo, quanto para o manejo dos efluentes gerados pela atividade de piscicultura. A previsão é que o NTA esteja em pleno funcionamento até o final de 2012.

Fonte: Ascom/UFOPA

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