Partidos lançam manifesto conjunto pelo Estado do Tapajós

Líderes de partidos lançam Manifesto

Hoje pela manhã, representantes de vários partidos de Santarém e de alguns municípios vizinhos presentes em reunião na sede da Frente Pró-Tapajós, ratificaram seu apoio ao MANIFESTO TAPAJÓS SEMPRE, discutido em 19 de novembro (Dia da Bandeira), num encontro realizado na sede do Veterano por vários partidos, convidados pelas direções do PCdoB (Partido Comunista do Brasil) e PTN – Partido Trabalhista Nacional. Representantes dos partidos PSD, PSOL, PSC, PSDC, PT DO B e PP, não se encontravam na reunião e não assinaram o manifesto, mas alguns deles já anunciaram que concordam com a proposta.

O deputado estadual Antonio Rocha (PMDB) louvou a iniciativa dos dois partidos e como membro da Frente Pró-Tapajós, conclamou todos os demais partidos a aumentarem os esforços nos últimos dias de campanha.

A reunião foi coordenada pelo vereador Erasmo Maia (DEM) e pela ex-vereadora Odete Costa (PT).

Estados do Tapajós, Carajás e Pará

A idéia de incentivar a criação de um movimento TAPAJÓS SEMPRE foi defendida pelo professor-doutor Anselmo de Alencar Colares e encampada pelos partidos.

Eis o teor do manifesto:

Manifesto TAPAJÓS Sempre

A luta pela emancipação da região oeste do Pará não se encerra no plebiscito de 11 de dezembro. Mesmo com a vitória do SIM (77) começa outra fase importante que é a mobilização para pressionar o Congresso Nacional e a Presidência da República a acatarem a vontade popular. Precisamos estar vigilantes para que o Estado do Tapajós seja construído de forma participativa e não tenha os mesmos defeitos do “velho” Pará. Os Partidos Políticos signatários deste documento, por intermédio de suas lideranças locais, demonstram publicamente que estão unidos em torno desta causa. O TAPAJÓS É NOSSA BANDEIRA, SEMPRE! O novo Estado representa a possibilidade concreta de mudanças em prol da população.

A seguir, enumeramos os aspectos essenciais que nos motivamos para esta luta e nos quais depositamos a esperança de que o Estado do Tapajós seja construído para atender, de fato, aos interesses dos seus integrantes.

1)      Autonomia: Quem mora nos municípios que compõem a região Oeste do Pará, sabe, com conhecimento de causa, o que significa viver à margem das decisões políticas que interferem diretamente no cotidiano, mas que são tomadas externamente, mesmo quando se trata do Próprio estado do Pará, pois o núcleo decisório se concentra na capital. Ter autonomia significa ter o direito de decidir sobre os assuntos que são coletivos, e dispor de uma estrutura de governo mais próxima, para que seja ouvida e respeitada em suas reivindicações;

2)      Fortalecimento regional: Com a autonomia, em todos os campos, a região formada pelo novo estado terá condições de desenvolver suas potencialidades, promovendo maior equilíbrio entre os seus integrantes;

3)      Identidade Cultural: O vasto território que compõe a Amazônia, objeto de cobiça dos colonizadores, sofreu violento processo de desagregação ao longo da história. Diversas nações que habitavam as terras que hoje compõem os atuais estados foram dizimadas, outras foram escravizadas e incorporadas ao modo de vida dos colonizadores. Mesmo assim, ficaram vestígios que demonstram diferenças substanciais entre os povos que habitavam a região que hoje busca se emancipar. A cultura Tapajoara é distinta de outras culturas, e se expressa nas mais variadas situações cotidianas. Sobreviveu a toda sorte de ataques que sofreu ao longo do tempo. E haverá de continuar sendo o nosso orgulho, pois expressa nossa identidade.

4)      Desenvolvimento e justiça social: A forte concentração das atividades econômicas e das políticas sociais no entorno de Belém, cria um círculo vicioso que tende a aumentar a miséria, pois expulsa milhares de famílias do interior do estado em busca de oportunidades na região metropolitana. Com o novo Estado, teremos uma oportunidade real de corrigir tais distorções, resultando em benefícios para o conjunto da população, tanto da região emancipada, quanto da área remanescente. Isto passa pela aglutinação de forças em torno do fortalecimento de uma inteligência inovadora, especialmente no campo da cultura digital;

5)      Democracia participativa: O Estado do Tapajós já nasce diferente de todos os outros, pois a população está sendo consultada quanto a sua criação. Entendemos que este processo é educativo e a democracia participativa deve ser a regra no Estado do Tapajós. Não necessariamente com a realização de plebiscitos ou referendos, mas com o fortalecimento da organização da sociedade para discutir, aprovar ou rejeitar propostas de projetos que interferem na vida de todos;

6)      Relação com a Amazônia e com o Brasil: O Estado do Tapajós significa maior presença do Brasil na Amazônia. Não apenas nos discursos ufanistas, mas em ações concretas que representem melhorias de condições de vida para os povos que nela habitam. Preservar implica em conhecer e cuidar. E isto se faz com presença e clareza de propósitos. Teremos uma maior bancada parlamentar no Congresso Nacional. Nossas escolhas podem significar presenças significativas em defesa dos interesses coletivos, impedindo a continuidade das práticas destruidoras dos projetos já implantados, e propondo alternativas coerentes e inovadoras. Temos que engendrar uma nova forma de integração nacional, tendo como eixo condutor o estabelecimento de redes de conexões inclusive no campo digital;

7)      Estado descentralizado: A dimensão territorial do atual estado do Pará, e as dificuldades de acesso a todos os locais que precisam da presença do Poder Público, são características típicas da Amazônia, que justificam a necessidade de maior presença dos governos junto às populações. O estado do Pará tem se mostrado ineficaz neste e em outros itens relativos a sua institucionalidade. Buscamos a emancipação para termos um estado mais presente, e no qual a população possa estar atenta e vigilante, evitando que se consolidem os problemas que hoje combatemos, cuja solução passa pela adoção de políticas que considerem as demandas de todo o Estado, e não apenas em benefício de grupos políticos e econômicos da capital.

Pelas razões expostas, e em sintonia com a luta dos que nos antecederam nesta esperança, assumimos o compromisso de defender a bandeira do Estado do Tapajós, reconhecendo que se trata de uma aspiração coletiva, legítima, tecnicamente viável e socialmente justificada.

Santarém, Tapajós, novembro de 2011

Assinam este Manifesto:

Presidente do Diretório Municipal do PC DO B

 Presidente do Diretório Municipal do PC DO B (Belterra)

 Presidente do Diretório Municipal do PC DO B

(Mojui dos Campos)

 Presidente do Diretório Municipal do PTN (Santarém)

 Presidente do Diretório Municipal do PTN

(Mojui dos Campos)

Presidente do Diretório Municipal do PTN (Uruará)

 Presidente do Diretório Municipal do PTN (Belterra)

 Presidente do Diretório Municipal do PRP

 Presidente do Diretório Municipal do PRTB

 Presidente do Diretório Municipal do PPS

 Presidente do Diretório Municipal do PR

 Presidente do Diretório Municipal do PT

 Presidente do Diretório Municipal do PMDB

 Presidente do Diretório Municipal do PHS

 Presidente do Diretório Municipal do PSDB

 Presidente do Diretório Municipal do PDT

 Presidente do Diretório Municipal do DEM

 Presidente do Diretório Municipal do PMN

 Presidente do Diretório Municipal do PRB

 Presidente do Diretório Municipal do PSB

  Presidente do Diretório Municipal do PV

Fonte: RG 15/O Impacto

3 comentários em “Partidos lançam manifesto conjunto pelo Estado do Tapajós

  • 9 de dezembro de 2011 em 14:26
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    Meu Caro Gilkson
    FALOU E DISSE….

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  • 7 de dezembro de 2011 em 22:05
    Permalink

    Muito bem, isso era para ter acontecido no mínimo seis meses antes do inicio dessa corrida, agora já é tarde… deixaram o NÃO mandar, dar as ordens, e aqui todos de braços cruzados sem fazer nada…cadê a prefeita Maria, todos os politicos de Belém a fovor da não divisão estão trabalhando para tirar votos do sim, aqui ninguem faz nada… e se faz, tinha que fazer era lá onde o numero de votantes é dominante… acho que foi a hora errada para conduzir este pleito…logo nesse governo do Simão, ora, todos de Belém seguem suas ordens e aqui ele não precida de nada – nem de votos, só lá é suficiente – e não adianta charar, ela vai reprimir os (políticos) dessa região com veemencia depois dessa eleição – se agara resta migalhas do investimento despois vai vir nada… pode esperar… se agora tem pouco…depois meu caro não vai ter nada.

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