Comunidade São Mateus recebe levantamento etnobotânico

Equipe técnica do Inea realizou palestras e fez um mapeamento participativo

Atualmente a maioria das plantas nativas da Amazônia não é valorizada o quanto merece. Isso ocorre porque a sociedade desconhece o valor de suas propriedades químicas para a fabricação de insumos fitoterápicos, perfumes e alimentos. Por esse motivo, o Instituto de Estudos Integrados Cidadão da Amazônia (Inea), está realizando um levantamento etnobotânico na comunidade de São Mateus, município de Placas.

A atividade faz parte do plano de ação elaborado pelo Inea, para a iniciativa de apoio ao desenvolvimento integrado de manejo e cultivo de plantas medicinais e aromáticas e a produção de insumos fitoterápicos.

Através da ação, pretende-se pesquisar como é desenvolvida a relação entre os moradores e a flora da comunidade São Mateus. Por meio dessa atividade também será possível agregar valor aos produtos derivados das plantas, e converter esses recursos em fonte de renda para as pessoas que ali residem.

O levantamento etnobotânico será desenvolvido em três etapas, levando em consideração os fatores históricos, demográficos, socioambientais e a vontade dos comunitários em desenvolver o manejo sustentável das plantas medicinais.

Primeira etapa do Levantamento –  Nos dias 20 e 21 de janeiro esteve na comunidade São Mateus, uma equipe técnica do Inea para realizar palestras e fazer um mapeamento participativo. O acontecimento faz parte  da primeira etapa do Levantamento Etnobotânico que está sendo realizado na vila.

Na palestra sobre cidadania, ministrada pelo sociólogo, Wwyncla Paz, foram abordados temas referentes aos direitos básicos dos cidadãos, direito ao voto,  princípios democráticos, as relações de trabalho e os fundamentos da cidadania, além da apresentação do documentário “Ilha das Flores”.

A bióloga, Rosenildes Guimarães, falou sobre ecologia e as relações entre homem e natureza, ressaltando a importância dos recursos naturais, e como eles podem ser preservados para a manutenção da vida na comunidade. Por fim, a palestrante incentivou os comunitários a criar um conceito participativo de ecologia, o objetivo da dinâmica, era fazer com que eles refletissem sobre o tema e instigá-los a sentir-se parte do sistema natural que os envolvem.

A última palestra foi sobre Legislação Ambiental, ministrada pela engenheira florestal, Suely Baia, que explicou aos comunitários sobre as regulamentações do Novo Código Florestal e as Leis que regem a legislação ambiental. Dentre os assuntos debatidos estavam presentes, o Cadastramento Ambiental Rural (Car), Uso Alternativo do Solo (UAS), Reserva Legal (RL), Área de Preservação Permanente (APP) e por fim, a Lei 6.938/81, que estabelece a Política Nacional do Meio Ambiente (PMNA).

No encerramento do evento, os moradores de São Mateus fizeram um Mapeamento Participativo através da utilização de uma carta imagem (mapa), para obter informações dos aspectos físicos e demográficos da comunidade e o processo de ocupação que a mesma foi expostas ao longo dos anos.

Fonte: Ascom/Inea

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