Criação de peixes também se aprende na sala de aula

Levar conhecimento técnico sobre a prática da piscicultura e alavancar a produção de peixes na região Oeste. É com esse objetivo que cerca de 20 produtores rurais do município de Oriximiná entrarão para a sala da aula a partir desta quarta-feira (15). Com apoio da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater), eles vão aprimorar os conhecimentos sobre sistemas de cultivo, tipos de cultivo, manejo do plantel e finalidade da produção de peixes (reprodução, recria e engorda de alevinos para abate).

A rodada de capacitação técnica faz parte das ações do projeto Piscicultura desenvolvido pela Mineração Rio do Norte desde 2003. O curso segue até sexta-feira, dia 17, na sede do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Oriximiná.

Segundo o engenheiro de pesca da Emater, Edimar Costa, o incremento na produção de alevinos na região é um desafio a ser vencido. “A produção ainda é baixa, embora haja venda local. Isso acontece porque falta infraestrutura e o investimento inicial para a construção de viveiros é alto. Então, eles precisam de apoio financeiro e também técnico para o manejo dos animais”, diz. “Produzir peixes não é simplesmente colocar os peixes no tanque. Para que os animais se desenvolvam, precisam de alimento e controle de água. Às vezes, o produtor monta o tanque e deixa o animal se desenvolvendo sozinho, como se estivesse na natureza. Mudar essa cultura de manejo é outro desafio”, completa.

O produtor local, Antônio Joaquim da Costa, na comunidade Aimin, conhece bem as dificuldades do negócio. De 2002 a 2009, ele trabalhou com piscicultura, produzia cerca de seis toneladas anuais. “Parei porque comecei a perder os peixes e fiquei sem condições”, conta. Antônio será um dos beneficiados pelo curso de piscicultura. “Essa capacitação vai ser muito importante para nós, principalmente agora que estou recuperando os tanques e vou voltar a produzir”, diz.

O projeto Piscicultura faz parte do Programa de Educação Socioambiental da MRN e representa mais um passo na multiplicação de práticas sustentáveis na região do oeste paraense.

Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/MRN