UFOPA recebe novos alunos em Aula Magna
A Universidade Federal do Oeste do Pará recebeu, na segunda-feira, dia 27, no Auditório Curuá-Una do Barrudada Tropical Hotel, cerca de 1.200 novos alunos egressos do Enem. A solenidade, que teve a participação do reitor da UFOPA, Prof. Dr. José Seixas Lourenço, e do Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello, abriu as atividades do ano letivo de 2012.
Antes do início da Aula Magna, proferida pelo Prof. Alex Fiúza de Mello, o reitor felicitou os novos alunos por dois motivos: primeiramente, por terem eles vencido a grande concorrência que é ingressar em um curso universitário; e, segundo, por, a partir de agora, estarem integrados a um projeto universitário inovador e que já se destaca no Brasil e no exterior. “Com pouco mais de dois anos de existência como universidade autônoma, a UFOPA já pode comemorar, além das primeiras obras estruturais, as muitas conquistas na graduação, na pós-graduação, na pesquisa e na articulação com a sociedade, conquistas estas que foram amplamente reconhecidas pela comunidade acadêmica e pela sociedade, manifestadas pelos prêmios conseguidos neste período. É importante registrar que, neste curto período de tempo, conseguimos implantar três mestrados e um doutorado, e com este crescimento qualitativo a UFOPA se consolida como uma genuína universidade, no seu sentido legítimo e legal, já que atualmente cerca de 40% das universidades não cumprem os critérios exigidos pelo MEC”, enfatizou.
Aula inaugural – Após as boas-vindas, foi dada a palavra ao Prof. Dr. Alex Fiúza de Mello, ex-reitor da Universidade Federal do Pará (UFPA) e atual secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação. Em seu pronunciamento, enfatizou inicialmente que a oportunidade de proferir a Aula Magna tem simbolismo particular para ele. “Estar aqui e ver realizado um sonho de tantos e durante tanto tempo na busca da constituição desta instituição, que é na verdade um símbolo diferenciado para esta região e para o país. Primeiro, porque é resultado de um trabalho de tantos e de tantas gerações que aspiraram por ela, da sociedade local que aspirou por ela; mas porque a universidade também tem uma característica única e impar e que é histórica, ela é primeira universidade pública do interior da região amazônica”, declarou.
O professor lembrou que, tradicionalmente, as universidades se situaram nas capitais. A UFOPA, portanto, por estar no coração da região amazônica, tem um destino diferenciado das tradicionais instituições universitárias. “Se nós tivermos a grandeza de perceber isso, e construirmos nessa perspectiva um destino impar e que pode, na verdade, destacá-la dentro do cenário da educação superior brasileira, e eu diria também no cenário latino-americano, nós estamos apenas no início de um processo, cujo futuro nós não temos consciência possível para saber”.
O orador defendeu a tese de que a universidade, uma das instituições mais antigas da sociedade, vive uma crise, pois seu modelo histórico vem passando por transformações, também vivenciadas pela própria sociedade, marcada pela globalização e pelo conhecimento, que não se dá mais apenas na escola. “A crise é a crise da reestruturação da instituição universitária. Então, a UFOPA, como instituição nova, tem que pensar em constituir-se de uma forma que possa vir a atender a esses novos tipos de demanda que são colocados para as velhas estruturas universitárias. Uma universidade, para ser uma boa universidade e atender à sua finalidade social e histórica, no mínimo tem que ser uma universidade com um quadro de professores bem qualificados, que saibam produzir conhecimento e que saibam ensinar aos alunos a aprender e a conhecer, aplicando o conhecimento universal disponível às necessidades da região onde ela se encontra; isso é que é fundamental para que ela se torne útil e sirva de referência; eu diria que isso já é uma grande agenda para UFOPA”, concluiu.
Fonte: Ascom/UFOPA