NORDESTINOS DE VÁRIOS ESTADOS
Vimos alguém fazendo um histórico da vinda de nordestinos para Santarém e região. Apenas dizia que vive na cidade mocoronga e no interior são cearenses. Afirma que aqui chegaram em 1957. Na realidade, há muitos anos já era grande o número de nordestinos fugindo da seca do sertão. São muitos cearenses, entre eles, os últimos migrantes que vieram em cinquenta e sete. Os descendentes hoje residem na área urbana. Muitos outros ainda estão situados na zona rural. Já integram a vida dos paraenses.
Se for feito um levantamento serão encontrados originários de vários estados. Muitos vieram do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Alagoas. Aqui chegaram trazendo, como dizia a canção de Luiz Gonzaga: “A coragem e a cara”. Seguiram para o planalto onde encontraram as matas virgens. Após o desmatamento cultivaram o arroz, milho, feijão, mandioca e formaram os sítios para o cultivo de frutas.
Poucos eram alfabetizados. Levou bastante tempo para encontrar professores que começaram alfabetizar os seus descendentes. Os que tinham alguma base de estudos passaram a procurar a cidade. Uns para dar continuidade aos estudos e se possível chegarem ao nível superior. Outros passaram a se instalar no comércio e chegaram a ser patrão.
No planalto santareno organizaram inúmeras comunidades e vilas. A maior delas, Mojuí dos Campos, hoje a sede do novo Município, desmembrado de Santarém. Será instalado após a eleição deste ano. A participação política começa com eleição de vereadores de origem nordestina quando foi eleito o primeiro em 1955. Vindo de lá para cá, já foram eleitos uns trinta. Também já ocuparam cargos de prefeitos, secretários, deputados estaduais e federais. Já tem até vice-Governador.
Os nordestinos contribuem de forma positiva com a população santarena da qual faz parte. Muitos têm o sangue de caboclo e não há motivos para discriminação. Todos estão voltados para o desenvolvimento da região. Atuam no agronegócio, na pecuária e na indústria. Os nordestinos de vários estados escolheram Santarém como sua terra natal. Atuam nos vários setores da sociedade santarena e não se identificam como estranhos, mas simplesmente como tapajoparas.
