Em primeira semana de depoimentos, CPI do Cachoeira recebe delegados da PF
A partir desta terça-feira, 8, terão início os primeiros depoimentos da CPI mista do Cachoeira, que investiga o envolvimento de Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, com agentes públicos e privados. Deputados e senadores decidiram que as sessões com delegados da PF e procuradores serão secretas.
O ponto máximo da investigação acontecerá no dia 15, quando Cachoeira prestará esclarecimentos à comissão. Na terça, a Comissão de Ética do Senado deve aprovar o parecer do presidente da comissão Humberto Costa (PT-PE) que pedirá a cassação do senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Nesta terça, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa, responsável pela Operação Vegas, abrirá a maratona de depoimentos. Na quinta, 10, serão ouvidos o delegado da PF Matheus Mella Rodrigues e os procuradores da República Daniel de Rezende Salgado e Lea Batista de Oliveira, todos responsáveis pela Operação Monte Carlo.
Para o dia 15 está programada audiência para ouvir Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira. No dia 22 haverá audiência com empresário José Olímpio de Queiroga Neto, Gleyb Ferreira da Cruz (auxiliar de Cachoeira), Geovane Pereira da Silva (tesoureiro de Cachoeira), Wladmir Garcez (ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia e ex-vereador) e Lenine Araújo de Souza (um dos principais auxiliares de Cachoeira).
Para o dia 24, está programada audiência para ouvir Idalberto Matias Araújo, o Dadá (sargento da Aeronáutica da reserva e interlocutor de Cachoeira), e Jairo Martins de Souza (sargento da PM do DF). No dia 29 Claudio Dias de Abreu (ex-diretor da Delta Construções) irá à comissão. No dia 31 a CPI quer ouvir o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO).
Alguns chefes do Executivo também podem ser convocados a prestar esclarecimentos por citações nas investigações da PF. É o caso do governador de Goiás Marconi Perillo (PSDB-GO), citado em alguns áudios captados pela PF. Agnelo Queiroz (PT-DF), governador do Distrito Federal, e Sérgio Cabral (PMDB-RJ), governador do Rio de Janeiro, também tiveram seus nomes envolvidos, mesmo que indiretamente.
O cronograma foi decidido na quarta-feira, 2, e desde a última sexta-feira, 4, funciona no Senado a chamada ?sala-cofre?, onde estão armazenados todos os documentos recebidos sobre o caso.
Fonte: Estadão