Morre a cantora Donna Summer, aos 63 anos
A cantora Donna Summer — considerada a “Rainha da Disco Music” — morreu na manhã desta quinta-feira, aos 63 anos, na Flórida. Voz de hits como “Last dance”, a artista lutava contra um câncer. “Na manhã de hoje, rodeada por sua família, perdemos Donna Summer Sudano, uma mulher de muitos talentos. Apesar de nosso luto por seu falecimento, estamos em paz celebrando sua vida extraordinária e seu legado contínuo”, disse a família da cantora em comunicado.
De acordo com o site de celebridades TMZ, Summer estava tentando manter a privacidade sobre a gravidade de sua doença. Uma pessoa próxima a ela contou ao site que a cantora estava trabalhando em um novo disco.
Ao longo de sua carreira, Donna Summer ganhou cinco Grammys. Ela chegou ao estrelato na década de 1970, com canções que hoje são consideradas clássicos das discotecas, como “Last dance”, “Hot stuff” e “Bad Girls”. Junto com o produtor Giorgio Moroder, Summer deu as cartas para o gênero da disco music e influenciou o trabalho de nomes como Duran Duran e David Bowie.
Donna nasceu em 31 de dezembro de 1948, em Boston, onde foi batizada como LaDonna Andre Gaines. Sua voz quente começou a ser moldada na igreja, uma tradição forte entre artistas negras americanas. Nascida em família cristã, em Boston, a cantora começou influenciada pelo canto gospel de Mahalia Jackson, ainda na infância. Na adolescência, formou grupos inspirados nas formações da Motown, como as Supremes. Mesmo o canto rasgado de Janis Joplin serviu de referência para ela em seus primeiros passos, quando entrou na banda psicodélica Crow.
Paradoxalmente, foi o universo hippie que a conduziu às discotecas. Convidada para participar de uma montagem alemã de “Hair”, mudou-se para Munique em 1969, onde casou com Helmut Sommer (daí vem seu nome artístico). Gravou lá seu primeiro single, “Sally Go ’round the roses”, em 1971, ainda usando o nome Donna Gaines.
Mais importante, porém, foi ter conhecido o produtor italiano Giorgio Moroder, com quem fez “Love to love you baby” — um dos marcos da música eletrônica. Sua gravação, feita originalmente como uma demo para outra cantora, acabou sendo lançada comercialmente — para registrar a histórica sequência de gemidos, a cantora pediu para apagarem as luzes do estúdio e sentou-se num sofá. A canção teve certo sucesso na Europa. Nos Estados Unidos, a recepção foi igualmente boa, com um milhão de cópias de seu primeiro álbum vendidas.
Nascia ali a Rainha da Disco, como Donna ficou conhecida ao enfileirar hits como “I feel love”, “Heaven knows”, “Last dance” e “Bad girls”. Sua produção desse período traz marcas na cultura pop até hoje. Apenas “I feel love” foi sampleada por artistas como Madonna, Moloko, Britney Spears, David Guetta e Moby, além de ter ganho covers de Blondie, Kylie Minogue e Basement Jaxx.
Na década de 1980, Donna decidiu explorar além das fronteiras da disco music, bebendo de gêneros como a nascente new wave. Em 1982, depois de anos trabalhando com Moroder, ela teve um álbum produzido por Quincy Jones. Mas o sucesso grandioso voltou somente com o álbum “She works hard for the money”, no ano seguinte. Depois disso, Donna — que vendeu 130 milhões de discos e ganhou cinco Grammys ao longo da carreira — emplacou hits cada vez mais esporádicos e sua obra começou a ser revista em compilações e homenagens. Em 2004, ela entrou no Dance Music Hall of Fame.
Seu último disco, “Crayons”, foi lançado em 2008, quebrando um silêncio discográfico que vinha desde 1991, quando lançou o álbum de inéditas “Mistaken identity”. O revival da disco music jogou novo foco sobre o trabalho de Donna Summer, mas seus sucessos no período nunca saíram das pistas de dança. Em novembro de 2009, a cantora veio ao Brasil para se apresentar no Rio e em São Paulo e falou ao GLOBO sobre seu trabalho, assegurando que o rótulo de Rainha da Disco Music ainda lhe cabia.
— Em meu último CD, “Crayons”, não tentei recriar o passado, e sim fazer a música de hoje, mas é claro que há referências aos sons da disco music — declarou.
A cantora deixou duas filhas, de seu casamento com o cantor Bruce Sudano, da banda Brooklyn Dreams.
Fonte: O Globo
Vai deixar muitas saudades, dancei muitas musicas da Donna Summer nos domingos na Sede do Sao Francisco, No Fluminense, no FAFA\’s, e na boite do tropical,, quem viveu os anos 70 e 80 em Santarem, sabe de que estou falando.