O DIA 11 DE JULHO DE 2012
O dia 7 de julho de 1787 entrou para a história como sendo o dia da Tomada da Bastilha, finalizando a Revolução Francesa, com a queda do poder despótico que reinava naquele País.
Aqui o dia 11 de julho de 2012 (ontem) vai entrar para a história por ser o dia em que, segundo o pronunciamento de alguns Senadores, se daria, vejam só! “um pouco de moralidade” àquela Casa legislativa, por ser o julgamento do Senador Demóstenes Torres, acusado de estar favorecendo o contraventor Carlinhos Cachoeira. O segundo Senador a ser cassado pelo plenário da Casa, em cento e oitenta e seis anos de existência, onde já desfilaram grandes nomes, cuja maior foi, sem dúvida, Rui Barbosa, o “Águia de Haia”.
Em plena convalescência da cirurgia de artroscopia no joelho direito, pude assistir a toda a sessão histórica, sem, contudo, deixar de me convencer que o ex-presidente da República foi o grande vitorioso nesse episódio e também demonstrar que ainda está mandando nesse País. Pois, conseguiu tirar do Senado os três senadores que lhe eram oposição ferrenha: O do estado do Ceará, Jerreissatti, O do Amazonas, estes não se reelegeram, por força contra do Lula e o último era o de Goiás, cassado, ontem.
O resultado da votação demonstrou claramente que, em julgamento “político”, não adianta, tese, documentos, provas. Nem o mais brilhante tribuno, convenceria aos senadores presentes no plenário a mudarem os seus votos, porque já eram cartas marcadas, demonstrando claramente, que os senadores da República, estão a serviço do executivo federal, o que ele quer é que é votado ou obstruído. Os legisladores se dobram ao mandatário maior, a pauta é trancada e o povo fica servindo, apenas, de vaquinha de presépio.
O Brasil não será o mesmo, a partir de 11 de julho. Sim, não será o mesmo, porque não concluíram o processo de apuração do envolvimento do ex-senador com o contraventor, delinquente, chefe de quadrilha e etecetera. Falta ir mais além, descobrir, instruir, processar e punir o contraventor, o corruptor e o corrupto. Mas não vai ficar pela metade, principalmente, agora, quando já se inicia o recesso parlamentar. Um já foi punido, então, já foi cumprido o papel. Já foi dada a satisfação. Acabou! Um pagou o pato. E o resto? Mesmo os senadores que se acorvadaram no manto da abstinência.
A tal CPI do Cachoeira instalada e até agora, inconclusa, já se antever que, mesmo, após o dia da pizza dia (10.07.2012), vai terminar em uma gigantesca delas, derramando, catchup, maionese, orégano, mostarda, porque já estão perdidos. Os relatórios são todos unânimes, e os convidados para depor, falam quando querem. E a cada dia vai aumentar o número de envolvidos nos quatro cantos do País, e não vai dar em nada! Como as outras. Vai dar apenas, em mais despesa para o furado bolso do contribuinte, nós que pagamos a conta, caros leitores.
Não me convenci do circo armado, nem pelo pronunciamento do senador paraense, falando em “moralidade”, quando está até o pescoço, no escândalo da Assembleia Legislativa do Pará, de quando fora presidente daquela Casa Legislativa. Vamos ver agora, o andamento da carruagem, espero estar errado para que se prove e se dê a punição adequada a quem, for “proprineiro”, de quem pagou e de quem recebeu. Demóstenes Torres foi cassado, não pelo que ele fez, mas pelo que ele foi, durante o tempo em que esteve no Senado.
Já, hoje, 12 de julho, será o julgamento do processo do pedido de cassação do mandato da Prefeita Santarena Maria do Carmo, pelo Tribunal Regional Eleitoral (TER/Pa), por abuso do poder econômico, por ocasião da eleição de 2008. Distribuição de lotes urbanos e cestas básicas para os catraieiros de Alter do Chão, além de demissão de servidor, no período vedado pela legislação eleitoral e de propaganda eleitoral disfarçada. Ora, independente de qualquer resultado do julgamento, se houver, de vez que a Justiça Eleitoral é prioridade, no período eleitoral, apenas. E o presente processo já vem se arrastando por quase quatro anos, e, nesse momento, quando já se inicia a campanha para a eleição de novo e/ nova mandatário(a), para Santarém, logicamente a que irá substituir a atual prefeita.
Então, como dizia Rui Barbosa, “justiça tardia, não é justiça”. Creio que a nossa Prefeita não está perdendo o seu sono, por causa da sua (im)possível cassação. Para uns a pressa, como aconteceu, ontem em Brasília, para outros, no caso de Santarém, a displicência amazônica.
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Não percam, hoje, tem Fluminense, a partir das 23 horas, o melhor da seresta dançante e da saudade, com Milton, Milena e seus convidados.
Alô, Eduardo.
Bom trabalho.
Aqui é o Daniel, entre em contato, por favor.