Padre Edilberto critica governo de Dilma Rousseff

Padre Edilberto não se conforma com discriminação de Dilma à agricultura familiar

O anúncio da presidente Dilma Rousseff para o investimento do plano safra para este ano gerou criticas do coordenador da Comissão de Justiça e Paz da Diocese de Santarém, padre Edilberto Sena. Para ele, a informação dos bilhões de reais que  a Presidente anunciou para o plano safra da agricultura familiar, é de impressionar.

“São 22 bilhões de reais a serem investidos com financiamento aos pequenos produtores, com juros de apenas 4% ao ano. São 400 por cento de aumento de investimento em 10 anos. Quem ouve esse anúncio, arregala os olhos com tanta generosidade”, critica o religioso.

De acordo com padre Edilberto, quem entende um pouco mais sobre o assunto percebe que a realidade brasileira é outra. “Quem entende se pergunta: mas como há tanto dinheiro disponível, por que a Presidente não realiza a reforma agrária real?”, questiona.

Ele aponta que com apenas 8 bilhões de reais, a Presidente assentaria as atuais 120 mil famílias sem terra, faria reforma agrária completa e ainda teria 14 bilhões de reais para o plano safra dos outros agricultores familiares. “Por que ela não agiliza a tão sonhada Reforma Agrária?”, pergunta.

Segundo padre Edilberto, também tem o anúncio da outra parte do investimento federal no plano safra 2012, o qual deverá destinar 115 bilhões de reais, para investimento no agro negócio. “Isso mesmo, para a agricultura familiar são 22 bilhões de reais e para o agro negócio, são 115 bilhões de reais”, dispara.

Padre Edilberto entende como escandalosa a diferença de investimento. “O governo tem ciência que, de cada 10 trabalhadores no campo, 8 estão na agricultura familiar. São esses trabalhadores que abastecem as feiras e mercados de todo o País. Eles alimentam as populações de Norte a Sul do País”, aponta.

PRODUÇÃO: De acordo com padre Edilberto, caso o Governo Federal investisse em grande escala na agricultura familiar seriam cerca de 120 mil famílias que poderiam produzir mais farinha, feijão, hortaliças e frutas, mas que a grande maioria ainda não possuem terra para plantar.

“O arremedo de reforma agrária do governo Federal são os assentamentos realizados na floresta da Amazônia. Nem isso é concluído, pois os assentados ficam sem assistência para se estabelecer nas áreas”, denuncia o religioso, criticando que quando a presidente Dilma “enche a boca”  e anuncia 22 bilhões de reais para o plano safra da agricultura familiar e logo em seguida anuncia 115 bilhões para o agro negócio, se conclui que não dá importância aos primeiros.

“Como diz o ditado: Onde está o teu tesouro, aí está teu coração. Onde está o coração do governo federal?”, protesta.

 Por: Carlos Cruz

3 comentários em “Padre Edilberto critica governo de Dilma Rousseff

  • 17 de julho de 2012 em 01:12
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    Além da reforma agrária existir so no papel \”IMAGINA…! NADA É DESVIADO!\”
    TENHO CERTEZA Q/ NINGUÉM SERIA TÃO INESCRUPULOSO AO PONTO DE SE APODERAR DESSA VERBA PÚBLICA. NINGUÉM!

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  • 14 de julho de 2012 em 15:31
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    Parece mesmo é muito estranho ñ se fazer o alardeamento dessas notícias aos interessado nessas verbas públicas,q sao os produtires da AF. Estranho tanta gente q é produtos familiar nem ao menos ficar sabendo desses recursos ao seu dispor. E,depois q ninguém usa esses recursos,pra onde ele vai,ein?

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  • 14 de julho de 2012 em 14:36
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    acontece que ninguem quer mais produzir se for feito todo esse investimento na AF acaba com as poucas produções ainda existente, so no municipio de Santarem o governo disponibilizou 30% do recurso da merenda escolar pra AF ou seja aproximadamente 3 milhões anuais e pela falta de produção não chega ser captado nem metade disto. Mediante ao incentivo financeiro muitos abandonam as produções.

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