Pancadaria em sessão da Câmara de Rio Preto, SP, deixa um ferido

Uma pessoa ficou ferida durante a pancadaria

Uma pessoa ficou ferida durante a pancadaria que marcou a sessão da Câmara de São José do Rio Preto (SP) na tarde desta terça-feira (31). Manifestantes pró e contra o presidente da Casa, Oscarzinho Pimentel, iniciaram um bate-boca e briga (veja o vídeo). O vereador é suspeito de exploração sexual contra duas adolescentes.

A confusão fez com que a sessão fosse suspensa por meia hora e a polícia teve que intervir. A situação se normalizou às17h10. Por causa do tumulto, a Polícia Militar colocou 45 homens na Câmara e interditou as ruas que cercam a Casa.

Ao término da sessão, os vereadores decidiram que não vão abrir uma comissão processante para analisar o caso de Oscarzinho Pimentel. No lugar, os representantes da Casa pediram apenas explicações ao presidente sobre a possível exploração sexual de menores. Houve muito tumulto depois do anúncio da não criação da comissão.

Movimentos sociais e sindicatos pedem a saída de Oscarzinho do cargo até o fim das investigações da Delegacia da Mulher. Eles querem ainda que seja criada uma comissão processante contra o vereador.

Entenda o caso
Oscarzinho Pimentel é suspeito de pagar para manter relações sexuais com duas adolescentes de 17 anos. O inquérito policial foi aberto na Delegacia da Mulher. A delegada ouviu o depoimento de uma das adolescentes, que afirmou ter recebido dinheiro para manter relação sexual com o vereador. “Nós estamos procurando a veracidade ou não das denúncias. Não posso fornecer detalhes sobre os fatos porque envolvem adolescentes”, afirma a delegada Dálice Ceron.

Diante da denúncia, o Sindicato de Servidores Municipais cobrou providências. Na semana passada, protocolou na Câmara um pedido de abertura de uma comissão processante.

Apesar de uma das obrigações dos vereadores ser investigar a conduta dos próprios parlamentares, o assunto mais discutido dos últimos dias pode não entrar em votação na sessão desta terça-feira (31) por causa do parecer do departamento jurídico.

O diretor jurídico, Claudio Ferraz, não quis dar entrevista, mas, segundo ele, não cabe ao legislativo apurar essa denúncia. Cabe agora ao vice-presidente da Casa, Jorge Menezes, avaliar se a criação da comissão será votada.

A Comissão de Ética da Câmara também não entrou no caso. Os representantes aguardam a conclusão do inquérito policial. O Sindicato dos Servidores Municipais de Rio Preto, responsável pelo pedido de abertura de uma comissão processante, informou que, se os vereadores não tomarem nenhuma providência, o próprio sindicato vai entrar com um pedido de ação no Ministério Público.

Fonte: Globo.com

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