SAÚDE, UM CAOS NACIONAL

Como veio à baila o assunto sobre a caótica situação da Santa Casa de Misericórdia do Pará, que está sendo alvo de denúncia da bancada do PT na Assembléia Legislativa do Pará, que está requerendo providências urgentes ao Ministério Público Estadual, pois somente no mês de julho de 2012, morreram, comprovadamente, 34 recém-nascidos na Santa Casa. Mas, suspeita-se, que esse número pode chegar, na verdade, a 40 óbitos. O Impacto em edição do dia 22/08/2011, já havia denunciado sobre o assunto. Para tanto, vamos reproduzir o artigo publicado na época:

Ontem (23/08) tomamos conhecimento através dos veículos de comunicação de massa, a nível nacional, dos últimos acontecimentos ocorridos na saúde do nosso estado do Pará. O que nos leva mais uma vez a ser noticiário em todo o País, de forma negativa.

Não é um fato novo, nem isolado.  É fato costumeiro, useiro e vezeiro, tanto no Pronto Socorro da 14,  como na  Santa Casa de Misericórdia do Pará, ambos em Belém, que não deixam de estar nos noticiários e que se estende a todos os municípios paraenses, diariamente, cada um tem a sua vez.

Mas a medida tomada pelos gestores municipais, estaduais e nacional, é a mesma, demite-se o diretor do hospital, o médico de plantão, o enfermeiro e o atendente. É aquela célebre tese da solucionática (como diria o Dadá Maravilha). Aqui, em Santarém, temos reclamação diariamente, através dos meios de comunicação locais. Os tais postos de atendimento 24 horas, que não funcionam nem oito horas, por falta de quase tudo, do equipamento e recursos humanos. Denúncias são feitas, das mais diversas necessidades, tais como falta de esparadrapo, iodo, methiolate, atadura etc..

 A Câmara Municipal de Santarém, dia 23/08, último, realizou mais uma sessão especial, sobre a saúde neste Município. É só perda de tempo e dinheiro do contribuinte, nada se resolve, nem se modifica para melhor, continua na mesma.

Aqui, já prenderam uma ex-diretora do hospital municipal, intimaram médicos, mas não fizeram o mesmo ou não tiveram a coragem de tomar a mesma atitude contra o Secretário de Saúde, Prefeito, Prefeita, ou outros gestores que tem poder de decisão com a coisa pública, no caso de Santarém, gestor municipal. Estes os verdadeiros culpados. Por que pegar o lado da corda mais fraca que está muitas vezes, atendendo, dentro das piores condições que suas profissões exigem? O secretário de saúde do município de Santarém tratou de sair do cargo e ficar com a vice-Prefeitura. Mas, também, é responsável.

 A crise e o caos não são só desse governo que demitiu. No Estado, a diretora da Santa Casa, da Corregedora, a médica que estava de plantão, e até afastou a Delegada que fora designada para presidir o inquérito policial. Arrogância e irresponsabilidade, para maquiar e desviar a atenção da população. Porque esse descaso, esse empurra com a barriga, isso já vem de mais de dez anos, coincidentemente o atual já foi Governador, nesse período, casos semelhantes e fatos dessa natureza já ocorreram.

O escândalo é maior porque hoje se tem mais dinheiro depositado nas contas dos governos, para a saúde e para educação, o que se observa é o mesmo desmazelo, as falcatruas e o dinheiro saindo pelo ralo, direcionando-se as licitações, por exemplo, e beneficiando as construtoras, empreiteiras  e os fornecedores.

É hora desse País, mostrar de vez a sua cara e passar a punir os grandes, não só os pequenos. Já temos um bom começo, uma luz no final do túnel, trazidas pelo planalto, mas no resto do País, só pequeno é que é punido.

No desvio da merenda escolar, a criança fica sem a merenda; desvio da verba da educação, a criança estuda em armazém, garagem (como aqui em Santarém); escolas caindo, aos pedaços, sem teto, sem luminárias. Estradas e vicinais! Nestas, as máquinas nem chegam no local. Mas estão no relatório, como obras feitas. Ruas dadas como asfaltadas e estão cheias de buracos e matos. E as pontes? Estas, a história é antiguíssima, sempre dizem que fazem e não se vê, em algumas estão colocadas troncos de buritizeiros para os comunitários atravessarem, mas no relatório do governo estão em alvenaria. As verbas para feiras livres somem. E os produtores rurais ficam no sol e na chuva, expondo sua produção no chão, e nas calçadas. A infra estrutura, estão um monte de obras inacabadas, como PAC DO URUARÁ e MAPIRI e o dinheiro sumido.

O mesmo acontece com a saúde. Não se pára de ver obras ditas de ampliação e modernização das unidades de saúde e o atendimento é o mesmo para quem tem.

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