Agência de turismo do Pará é acusada de dar calote

Vítimas do golpe

Cerca de 30 pessoas que contrataram os serviços da Eventur Turismo denunciaram ontem que teriam sido vítimas de um golpe durante excursão para participar do 15º Congresso Brasileiro dos Conselhos de Enfermagem (CBCENF) em Fortaleza – CE. A viagem que estava programada para durar de 07 a 19 de agosto, acabou durando apenas quatro dias, além de, nesse período, terem que ficar sem hotel garantido e, se não bastasse, só conseguiram voltar para Belém porque fizeram coleta entre si para comprar óleo diesel.

O Congresso era voltado para estudantes de enfermagem, técnicos em enfermagem e enfermeiros. Os pacotes contratados junto a empresa variaram de R$ 900,00 a R$ 3.180,00, dependendo do tipo de hospedagem que se pretendia.

Era de responsabilidade da Eventur, conforme previa o contrato, além da ida e da hospedagem, o traslado do hotel ao centro de convenções de Fortaleza, e depois do período do encontro (que seria de 09 a 12/08) o restante dos dias seriam de passeio. Fora isso, cada participante teria que pagar as respectivas inscrições individualmente. E foi somente depois de terem feito mais esse gasto que foram informados pessoalmente pelo dono da empresa que viajava com eles, Márcio Jordão, que teriam que voltar no mesmo dia a Belém.

“Ele nos chamou para uma reunião depois do credenciamento e nos informou que a mulher dele havia sido sequestrada, e que por isso não tinha mais o dinheiro para arcar com as despesas do pacote contratado. Ele queria que a gente voltasse imediatamente a Belém”, relatou o estudante Vitor Pantoja, 20 anos.

Depois dessa conversa, Márcio teria voltado a Belém, e os congressistas tiveram que procurar um hotel para pagar dos próprios bolsos, até para poderem ir ao banheiro, uma vez que depois disso até mesmo o banheiro do ônibus da Açaitur, que prestava serviços à Eventur, ficou interditado.

“Nós pagamos hotel do nosso próprio bolso, não participamos de todo o Congresso e tivemos que voltar antes do prazo estipulado. Quando chegamos em Belém pra conversar com o dono da empresa, encontramos as portas fechadas e ficamos sabendo que a mulher dele não foi sequestrada coisa nenhuma. Ao contrário, ele estaria viajando pro Rio de Janeiro”, completou a estudante Diana Tomaz.

O caso foi apresentado ao delegado Aurélio Paiva, da Divisão de Investigações e operações Especiais (DIOE). Amanhã, todos os 30 clientes lesados serão chamados para depor e abrir oficialmente o inquérito.

Fonte: Diário do Pará

 

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