Informe RC
A onda de violência no Brasil continua a tomar de assalto grandes centros urbanos, Belém é uma das cidades mais atingidas. O número de homicídios atinge níveis alarmantes e vidas preciosas à sociedade têm sido cortadas nas mais variadas circunstâncias. A ousadia dos assassinos e a barbárie com suas vítimas levam familiares ao desespero. Mês anterior, um pai ao perder o filho pelas mãos de marginais, por escrito, expressou sua revolta e dor, mostrando o sentimento diário vivido por centenas de famílias brasileiras:
UMA VIDA, UM TIRO E A MORTE DO ESTADO
Rodrigo Bastos era administrador, tinha 35 anos, vascaíno, gozador… era um típico “cara do bem”. Rodrigo soube aproveitar as oportunidades que a vida lhe deu. Conhecia a China, os EUA, Dubai, Canadá… Aprendeu muito cedo que o processo de globalização aproxima não só culturas, mas também mercados, e fez disso seu ofício, seu ganha pão. Na quinta feira passada, Rodrigo foi ao Banco e ao sair, foi brutalmente assassinado. Dois homens atiraram três vezes contra ele. A bala que o matou acertou em cheio o coração, um tiro de pistola, pelas costas, quando ele cambaleante tentava fugir e não oferecia nenhum risco ao matador. Covardia. Uma pergunta que ecoa: POR QUÊ? Por quê tão cedo? Com tanta violência? Por que duas menininhas terão que crescer sem o pai? Por que os pais têm que enterrar os filhos, se a ordem natural é o contrário? Por que tanto ódio no coração de quem atirou com tanta crueldade pra matar? Quem procurar a resposta no mundo dos homens concluirá que este é um limite que não ultrapassamos. O fim da breve e interrompida história do Rodrigo se parece com o fim de milhares de Brasileiros que todos os dias deixam de ser pai, mãe, marido, filho, esposa, esposo, para virar números. Passam a fazer parte da estatística. O IPEA realizou, em 2010, uma pesquisa nacional perguntando a população sobre o medo em relação a serem vítimas de assassinato. O resultado foi que 79% dos entrevistados afirmam ter muito medo de serem assassinados. A sensação é que voltamos a viver na idade média, onde a crença de que o uso da força e da violência pode oprimir qualquer um. Comparando os números dos últimos 4 anos, de homicídios no Brasil e conflitos armados no mundo, encontramos um dado assustador. Aqui, onde há disputas territoriais, guerras civis, enfrentamentos religiosos, raciais ou étnicos, morreram mais pessoas (192.804) que nos 12 maiores conflitos armados no mundo (169.574). A morte do Rodrigo nos deixou lições, estampou em nossos olhos o fracasso do Estado, um ente que nasce com a função de nos proteger, e que agora parece dobrar seus joelhos diante dos maus feitores. Assassinos andam livres e deixam presos em casa homens e mulheres que vivem sobressaltados com medo de encontrar-se frente a frente com o algoz que mata pelas costas em troca de qualquer valor. O Estado não ilumina mais o caminho, parece perdido. A População não crê na polícia, o bandido não tem medo dela. O Estado trata sem eficiência a conseqüência e não atinge a causa. O desejo de vingança de ver punidos os covardes que mataram Rodrigo lembra-nos o trabalho do jardineiro, que luta em vão contra a erva daninha, que insiste em brotar. Enquanto faltar amor, educação, e os meios materiais mínimos necessários na criação dos pequeninos, sobrará violência e injustiça. Existe sim um sentido e um aprendizado em tudo que acontece, inclusive no assassinato de quem se ama, essa é a resposta que transcende o mundo dos homens. O Deus de inteligência e infinita bondade certamente não deseja que observemos, parados, o avanço dos ímpios, a vitória do injusto contra o justo. Devemos apresentar nossas armas, somos a maioria! Devemos nos unir e dizer CHEGA! Devemos convocar o Estado, seus representantes a nos mostrar a saída. Não podemos andar pra traz, nos transformarmos em prisioneiros, reféns do medo, vítimas de uma minoria, má, armada e disposta a matar. A morte do Rodrigo nos ensinou da maneira mais dolorida a ver a vida de um jeito diferente, entender que nunca saberemos quando o último beijo, o último abraço, quando diremos pela última vez eu te amo. Rodrigo, fica com Deus. A gente te ama! (Antonio Domingos de Canelas Bastos).
CONFISSÃO DE IMPOTÊNCIA
Só quem não conhece a mistura do santo com o profano, ignora o que representa para os santarenos de nascimento ou por opção, as festividades do Sairé na vila de Alter do Chão em 3 ou 4 dias de cada ano, no mês de setembro. Não deu para entender do coronel comandante do 3° Batalhão da Polícia Militar “BPM” de ajuizar ação no Fórum local pedindo a Justiça solicitar a prefeitura desistir de promover shows musicais na Praça do Sairé onde se localiza o sairódromo “dança dos botos” com a alegação da PM não ter efetivo suficiente de praças para evitar arrastões, desordens e brigas promovidas por gangues. Qualquer decisão que tenha sido dada a solicitação do 3° Batalhão, a confissão de impotência da PM para combater a marginalidade às claras é entregar a cidade a sua própria sorte. Seja o que Deus quiser.
NÃO É BEM ACEITA
Há mais de década dormita no Congresso Nacional, distribuídos nas comissões internas da Câmara e Senado, projetos de lei proibindo pesquisas eleitorais que ajudam e prejudicam candidatos, embora o Tribunal Superior Eleitoral “TSE” pudesse ajudar a regulamentar o período a ser usado, impedindo nos últimos 3 meses das eleições a ação de marqueteiros profissionais “tipo Duda Mendonça” especializados em tentar mudar o pensamento do eleitor o que as vezes conseguem nas grandes e médias cidades ao custo de muitos milhões. Em Santarém esta prática de decidir eleições no grito encurtando sonhos nunca foi bem aceita pela população. Como falam de quem paga diz como quer, deve ser ruim para todos os lados.
A VEREADORA TEM RAZÃO
A competente vereadora Ivete Bastos “PT”, postulante a reeleição, tem razão em denunciar o que se vê de maneira escancarada: a omissão do IBAMA na região Oeste paraense com descaso do órgão diante das necessidades e comunidades próximas das cidades que não recebem luz elétrica, nem através do programa federal Luz para Todos e deixam rolar a vontade a exploração ilegal de madeira “sem fiscalização” do entorno da Hidrelétrica do Curuá-Una, de onde descem pela rodovia centenas de caminhões carregados sem serem incomodados “bom né?” Pior que o desabafo da vereadora é de setores do IBAMA em Santarém reconhecerem a existência de madeira “esquentada” vinda do rio Curuatinga, só não descobre quem oficializa o fruto das derrubadas das florestas em prejuízo do meio ambiente e da política florestal do governo.
MEDO
Com centenas de prefeitos sendo afastados, cassados, acusados de corrupção e desvio de recursos públicos em todos estados da Federação somada a quase certa condenação e o destino dos réus do mensalão, está colocando em polvorosa aqueles que conseguiram registrar candidaturas a Prefeito através de liminares, pondo sub-júdice pareceres contrários de Tribunais de Contas manchando a lei da Ficha Limpa como ocorre com os prefeitos candidatos a reeleição de Oriximiná e Monte Alegre e outros, e de conseguirem se eleger nas municipais de outubro e meses depois serem condenados pelo Supremo não só a perda do mandato como ficarem inelegíveis por 8 anos, ainda correndo risco de cumprirem pena pelos alcances praticados.
EXEMPLO RUIM
Hoje, os maiores inimigos dos prefeitos são os vereadores, principalmente daqueles que colocam o mandato em defesa de seus interesses pessoais, acima das obrigações com a comunidade, como ocorre no município de Aveiro quando 5 de uma Câmara de 9 constituem um grupo “G5” com a intenção de tomar de assalto os cofres públicos. A necessidade primeira de afastar o atual gestor ex-colega dos integrantes da irmandade ainda não conseguiram por não contarem com apoio popular e do Prefeito estar trabalhando, o que não ocorreu com a ex, cassada pelo TRE, Maria Gorete, padroeira dos insurgentes. O Ranilson do Prado pode até não ser grama que não se pise, mas a corrida dos G5 separados ou unidos deixa muito a desejar, estão sendo chamados de goelas por gostarem muito de dim dim.
PISO MERRECA
No momento que maioria dos setores de atividades ligadas ao governo federal, lutam por melhoria salarial transformando o País num canteiro de obras “de braços cruzados”, os professores públicos da rede básica parece serem os únicos a ter um piso salarial “merreca” de R$1.451,00 contestado. Semana passada 6 estados ajuizaram junto ao Supremo Tribunal Federal uma nova ação de inconstitucionalidade “ADIM” contra a lei que regulamentou o piso nacional, ainda em desuso nestas unidades da Federação, algumas ricas. Não querem nada, só ficarem desobrigados a cumprir a aplicabilidade da lei e ficarem isentos de reajustarem o piso criado como determina o Ministério da Educação.
ELOGIADOS
Na última sessão desta semana do Sairé no “senadinho” das laterais da Garapeira Ipiranga na Praça da Matriz “casa cheia” foi de críticas a um candidato a Prefeito e vereadores às municipais do primeiro domingo de outubro. Os “senadores” não pouparam “elogios” a um postulante a Prefeito e a dois vereadores, acima de uma dezena citados a uma vaga na Câmara, ou seja, a renovação do emprego por mais 4 anos. O primeiro, por afirmar em sua campanha ser necessário dar uma chacoalhada na administração do Município e dos dois vereadores por terem mudado de posição política em troca de benefícios pessoais depois de passarem oito anos se alimentando política e financeiramente da nação petista. Os senadores acham que quem sempre foi oposição ao PT pode deitar falação a vontade, mas quem se beneficiou, hoje do outro lado, fingindo ser tucano, não. Estão certos.
RAPIDINHAS:
– A presidente Dilma afirma ter em dois anos de governo tirado 40 milhões de brasileiros da linha da pobreza, assim como o ex, Lula, deixou a Saúde e a Educação beirando a perfeição, apesar da segunda ser avaliada por Institutos internacionais como uma das piores do mundo;
– A exploração contra turistas e à prata da casa na Ilha do Amor em frente à vila de Alter do Chão, neste final de semana do Saíre está tudo dentro do previsto pelos barraqueiros, lucro de 500% cobrados no preço de alimentos dá prejuízo. Os peixes estão vindo da lua;
– O Banco Mundial calcula que a corrupção no planeta neste ano de 2012 deve alcançar 1 trilhão de dólares. Enquanto esta fartura é distribuída de maneira invisível pelo mundo, em Santarém tem candidato a Vereador tirando osso da boca de cachorro;
– Na Índia o estado de miséria de uma mãe chocou o País: vendeu as 3 filhas por 6 reais;
– É contado nos dedos vereadores de Santarém que chegaram a Assembléia Legislativa eleitos Deputado Estadual, maioria acaba como começaram: Vereador. Não foram políticos, passaram por ela;
– O Vereador de 5 legislaturas e candidato a Prefeito, José Maria Tapajós “PMDB”, afirma à coluna não ir renunciar. Admite a possibilidade de não vencer, embora trabalhe pra isso, mas no reservado não acredita que venha a ter menos votos que a candidata do PT;
– O presidente do Partido dos Trabalhadores, bem antes do julgamento do processo do mensalão pelo Supremo, onde maioria dos réus é ligada à legenda, dizia confiar na Justiça. Agora, com os companheiros a caminho da condenação, mudou o discurso: se sentem traídos pelos ministros nomeados pelo ex-presidente. Pena que o PT não tenha combinado com os russos que os avanços ao dinheiro público eram de brincadeira;
– O ex-vereador do PMDB de Belterra, Juvercílio Pereira da Silva, o popular Juva, também ex-vice presidente da agremiação política, atualmente secretário de Saúde e homem de confiança do prefeito Pastana “PT”, com uma filha candidata a Vereadora, foi expulso em agosto com 1 ano e meio de atraso.
Por: Ronaldo Campos