Cármen Lúcia diz que TSE está tomando providências sobre horas extras em excesso

A presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Carmén Lúcia, disse na manhã desta quinta-feira que o Tribunal sempre investiga qualquer denúncia de irregularidade em sua administração e que, no caso de supostas horas extras pagas em excesso, as providências têm sido tomadas desde outubro. Perguntada se uma sindicância fora aberta para investigar o caso, a ministra disse que já tinha dado todos os esclarecimentos e que não havia novidades. O pagamento de horas extras se intensificou a partir de julho do ano passado, por causa do período eleitoral, segundo integrantes do Tribunal. As denúncias surgiram na semana passada e levaram a um pedido de exoneração.
A ministra participou de abertura do Encontro de Cooperação entre Órgãos de Gestão Eleitoral dos Países de Língua Portuguesa, realizado até esta sexta-feira, no TSE. No discurso de abertura, ela destacou a agilidade do processo de apuração das eleições no Brasil, devido ao sistema da urna eletrônica. E acrescentou que é importante repassar a outros países experiências que ajudem a consolidar a democracia no mundo.
– Essa matéria (horas extras) tem sido objeto, desde outubro, de tomada de providências. Qualquer irregularidade que se apure aqui, em qualquer setor, sobre qualquer matéria, é apurada na minha administração. Sobre isso, a questão está em andamento e não voltarei a falar por agora – disse a ministra.
Na semana passada, o diretor-geral do TSE, Alcidez Diniz, e a secretária de Controle Interno e Auditoria do TSE, Mary Ellen Gleason Gomide Madruga, foram exonerados. Segundo reportagem do jornal “O Estado de S.Paulo”, dados do TSE mostram descontrole no pagamento de horas extras no período eleitoral de 2012. Entre setembro e novembro, de acordo com o jornal, essas horas extras totalizaram R$ 9,5 milhões.
Em relação ao encontro, Cármen Lúcia destacou que no Brasil, nas eleições, foram meio milhão de candidatos e que a magnitude e sucesso do processo eleitoral brasileiro sempre gera interesse nos outros países.
– Ficam um pouco espantados com a rapidez com a qual o processo é apurado, com o número de candidatos e de eleitores. Queremos democracia no mundo inteiro, não só num Estado. Estamos no mesmo barco: se der certo, dá certo para todo mundo; se der errado, provavelmente, todos sofreremos as consequências – disse a ministra.
Fonte: O Globo