Simon diz que votação de restrições a novos partidos mostra que Dilma é uma ‘política vulgar’
O senador Pedro Simon (PMDB-RS) fez ontem (24) duras críticas ao PT e à presidente Dilma Rousseff. O pronunciamento do senador foi motivado pela possibilidade de votação do projeto de lei que restringe o acesso de novos prtidos à propaganda em rádio e TV e ao fundo partidário (PLC 14/2013). Simon disse estar arrependido de ter votado em Dilma nas últimas eleições. – A presidenta está começando a perder a credibilidade. Já está começando a se ver que ela é uma política vulgar – lamentou Simon.
O projeto em questão impede a transferência do tempo de propaganda eleitoral e dos recursos do Fundo Partidário relativos aos parlamentares que deixarem os seus partidos para ingressar em uma nova legenda. Para os críticos da medida, a votação seria uma tentativa de prejudicar a candidatura da ex-senadora e ex-ministra do Meio Ambiente Marina Silva. Ela tenta viabilizar a criação do partido Rede Sustentabilidade e é apontada como candidata à Presidência da República nas próximas eleições, em que Dilma pode disputar a reeleição.
Simon disse estar em dúvida quando à intenção da presidente Dilma Rousseff no que diz respeito ao projeto, e se perguntou se ela estaria fazendo isso porque “se deixou ludibriar pela paixão do cargo e quer se manter no cargo, custe o que custar”.
Embora se declare favorável a um limite do número de partidos, o senador ressaltou que não concordava com a forma apressada com que a medida estava sendo proposta.
É essa também a crítica de Marina Silva, que, em visita ao Senado na terça-feira (23), defendeu a tramitação do projeto pelas comissões de mérito. Foi apresentado um requerimento de urgência, que levaria a matéria direito ao Plenário, onde poderia ser votado ainda nesta quarta-feira.
Ditadura
Emocionado, Pedro Simon chamou o projeto de “pacote de abril da presidente Dilma”, em referência ao pacote de abril lançado durante o regime militar. O conjunto de leis, outorgado em 1977 pelo então presidente Ernesto Geisel, fechou temporariamente o Congresso Nacional.
Fonte: Agência Senado