Instituto Butantan continua pesquisas em Belterra

Equipe do Instituto Butantan
Equipe do Instituto Butantan

No período de 30 de abril a 10 de maio estiveram em Belterra duas equipes de pesquisadores do Instituto Butantan. O objetivo da viagem foi continuar as pesquisas realizadas desde 2006 no município de Belterra sobre os répteis da região como serpentes, aranhas, dentre outros e também sobre como são tratadas as pessoas picadas por estes animais, tanto no Hospital Municipal, como os remédios caseiros e outras práticas de recuperação utilizadas. Durante a VI Feira da Produção Familiar, os pesquisadores Giuseppe Puorto, Antônio Brescovit e Roberto Moraes atenderam ao público em uma barraca como ocorre todos os anos desde 2009.

Segundo Giuseppe Puorto, que coordena a pesquisa de herpetologia, ou seja, o estudo dos répteis e anfíbios, os primeiros resultados da pesquisa científica realizada na Mata do Butantan e na Floresta Nacional do Tapajós começaram a aparecer. No mês de abril deste ano foi publicada uma pesquisa na Revista TAXA da Nova Zelândia no qual uma nova espécie de aranha foi apresentada e recebeu o nome de Caponinapapamangasp.nov. Esta pesquisa foi feita pelo pesquisador do Butantan Antônio Brescovit e o estudante Alexandre Sanches Ruiz. Além desta aranha, também foi encontrada uma nova espécie de caranguejeira na FLONA e outra aranha no terreno adquirido pelo Instituto Butantan.

Além da pesquisa, o Instituto Butantan também tem investido na formação de pessoal da região. Através de parceria com as Universidades da região como UFOPA e FIT, vários estudantes tiveram a oportunidade de participar dos projetos de pesquisa e também de Bolsas de Estudo para continuarem suas pesquisas na sede do Butantan em São Paulo. Neste ano, pela primeira vez uma estudante de Belterra conseguiu uma bolsa pela Secretaria de Saúde do Estado de São Paulo através do Programa de Aprimoramento Profissional. A bolsista Lívia Chagas está fazendo o levantamento das serpentes e dos acidentes ocorridos em Belterra sob a orientação do pesquisador Giuseppe Puorto, que coordena os trabalhos do Butantan na Amazônia.

Outra pesquisa científica está sendo feita em Belterra é feita pelas pesquisadoras Suzana Gonçalves, Cibele Barbarini, Myriam Callefo e FanHui. Este trabalho trata da história da saúde no município e sobre as práticas utilizadas pelos moradores locais para tratar as picadas de serpentes e aranhas. Através de oficinas, entrevistas e visitas de campo, foram coletadas as experiências dos que trabalharam no antigo Hospital Henry Ford e também as pessoas que já sofreram picadas dos repteis pesquisados. O projeto está finalizando este ano e deverão ser publicados vários materiais apresentando os resultados dos estudos da equipe do Instituto Butantan.

Fonte: RG 15/O Impacto e Mônica Almeida

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