Produção industrial representa 19% do PIB de Santarém

José de Lima Pereira
José de Lima Pereira

Considerado um Município com vocação para o turismo, nos últimos anos Santarém também despontou na produção industrial. Um estudo feito pelo Instituto de Gestão e Tecnologia (IGT) aponta que o Produto Interno Bruto (PIB) de Santarém fechou o ano de 2012 com R$ 3,2 bilhões.

Desse total, segundo o Instituto de Tecnologia, a construção civil foi o carro chefe da produção industrial, com R$ 372 milhões. Já a indústria madeireira produziu cerca de R$ 75 milhões, seguida de outras indústrias, como panificação, olarias e estaleiros com cerca de R$ 155,7 milhões.

Juntando os referidos segmentos, de acordo com o Instituto de Tecnologia, a produção industrial em 2012 somou cerca de R$ 602 milhões, representando 19% do PIB de Santarém.

Além da construção civil e da produção madeireira, outros setores, como metalurgia e siderurgia, com a fabricação naval em estaleiros e as serralherias também contribuíram para a o desenvolvimento industrial de Santarém.

“Só na parte de metalúrgica, entra as serralherias e os estaleiros, mas ainda os valores são muito ínfimos em relação ao total do PIB. Ainda há a agricultura, a pecuária, o extrativismo e atividades ligadas ao agronegócio que representam 35% do PIB. O primeiro mesmo são os setores de comércio e serviço que de um total de R$ 3,2 bilhões, corresponde a 50,3%”, explica o economista José de Lima Pereira, diretor do IGT.

Em relação à produção industrial para a exportação, Lima Pereira destaca que recentemente o município de Santarém, no que se refere a pecuária, se transformou numa área 100% livre da febre aftosa, com vacinação, o que capacita ao homem do campo, exportar carne de frango e bovina, em escala industrial, para outros estados e outros países.

“Temos um frigorífico para beneficiamento de carne bovina e outro para avicultura. Os dois frigoríficos já estão prontos para exportar, inclusive, o próprio porto da Companhia Docas do Pará (CDP), hoje, já detém alguns contêiner frigorificados para este tipo de exportação”, destaca Lima Pereira, acrescentando que tanto a carne bovina quanto de frango são beneficiados e exportados.

“De 06 frigoríficos que existem em Santarém, apenas um tem inspeção federal para exportar carne bovina. O outro é para exportar frango beneficiado”, conclui.

José de Lima Pereira faz explanação sobre estudo de nossa economia
José de Lima Pereira faz explanação sobre estudo de nossa economia

DISTRITO INDUSTRIAL: De acordo com o economista José de Lima Pereira, existe uma grande expectativa para que seja instalado um distrito industrial em Santarém, nos próximos meses. O Governo do Município anunciou que está estudando uma área para que seja instalado um distrito industrial, uma plataforma logística e uma Zona de Processamento de Exportação (ZTE), além da Área de Livre Comércio (ALC).

“Teremos nessa plataforma logística, um ambiente com espaço para o estacionamento de 1000 (mil) carretas e vagões de trens, que devem circular na época da safra de grãos quando a BR-163 estiver pronta para o transporte de cargas”, anuncia o economista.

Hoje, em termos de arrecadação, segundo Lima Pereira, Santarém é o sexto município no Estado do Pará em relação ao PIB. “Já O PIB per capita é o 28º do Pará. Hoje, perdemos para Ananindeua, Castanhal e Barcarena que é totalmente industrial, pela falta de um distrito industrial”, argumenta.

AGRONEGÓCIO: Do total da soja produzida no Brasil, se for dividido o País no meio, segundo Lima Pereira, mais de 50% dos grãos são cultivados na região do Mato Grosso. Já no que se refere à logística de transporte, apenas 15% são transportados pela Amazônia.

“O País está com seus portos totalmente saturados. 85% dos grãos exportados no Brasil ainda perpassam pelos portos de Santos e Paranaguá. A idéia é finalizar os serviços na BR-163 até o final deste ano e com isso a movimentação do Centro-Oeste deve ser feita por aqui devido ao custo da logística”, acredita o economista.

Ele explica que a tonelada transportada para os grandes centros, na média deve cair de cerca de US$ 102,00/tonelada, levando em consideração os portos de Santos e Paranaguá, para US$ 60,00/tonelada através do Porto de Santarém.

Fonte: RG 15/O Impacto

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