Santarenos denunciam extinção de praias e igarapés
Moradores antigos de Santarém, durante as comemorações do aniversário de 352 anos da cidade, nesta semana lembraram as transformações que ocorreram em alguns dos principais pontos turísticos do Município, como a Praia da Vera Paz, os igarapés do Irurá, Urumari e Juá, além dos lagos do Mapiri, Papucu, Juá e a orla do bairro do Uruará.
Quem reside há cerca de 20 anos na cidade constata uma série de transformações e extinção de pontos turísticos que ocorreram ao longo de duas décadas, em Santarém. Para os comunitários dos bairros do Laguinho e Salé, a construção do Porto Graneleiro da Cargill, onde antes banhistas desfrutavam de momentos de lazer na Praia da Vera Paz foi um dos marcos da derrocada das opções de lazer na cidade e do descaso das autoridades.
Onde há cerca de 20 anos ficava a Praia da Vera Paz, hoje, navios de grande porte fazem operações de embarque de grãos, no Porto da Cargill, de onde milhares de toneladas de soja são exportadas para outros países.
Outros pontos da cidade, como o Igarapé do Irurá, nos bairros da Matinha e Cambuquira e a orla do Rio Amazonas, no Uruará também viraram alvo da degradação ambiental nos últimos 05 anos, provocado pela mesma empresa, a Transportes Bertolini Ltda (TBL). Desde o ano de 2010, foram constados por órgãos fiscalizadores, como Ibama, Sema e Marinha do Brasil, o derramamento de milhares de litros de óleo diesel nas águas do Rio Amazonas, o que causou inúmeros prejuízos para pescadores, moradores das proximidades e donos de embarcações.
A ação de degradação da Transportadora Bertolini também pode ser constatada no Igarapé do Irurá, nos arredores do Bairro da Matinha, onde enormes galerias construídas próximas ao manancial conduzem vários tipos de detritos diariamente para o leito do recurso hídrico, ocasionando a poluição das águas e a extinção de várias espécies de peixes. O crime ambiental virou alvo de denuncia de moradores desde o ano de 2011.
Enquanto o povo não sabe para quem apelar devido as transformações drásticas que acontecem em praias, rios e igarapés do Município, ocasionadas por grandes empresas, famílias tradicionais cobram ações energéticas por parte das autoridades.
Para um jornalista santareno, que pediu para não ter a identidade revelada, se nada for feito para coibir a ação devastadora de grandes empresas em pontos turísticos e de lazer da população, as próximas gerações para ter que entender a existência de rios, lagos e igarapés com águas cristalinas e de praias de areia branca que existiam na cidade, vão ter que pesquisar em composições de poetas e músicos famosos da cidade, como a seguinte canção: “Teu luar, ó Vera Paz… Saudade pra gente traz!”, composta pelo poeta Emir Bemerguy e maestro Wilson Fonseca.
Fonte: RG 15/O Impacto
Se manifestar criticando ou denunciando situações degradantes ao meio ambiente, não quer dizer que alguém seja contra o desenvolvimento econômico,apenas está buscando evitar as consequências que um ambiente, uma comunidade, população poderão sofrer se esse desenvolvimento acontecer sem ser antes análisado os impactos sociais, econômicos e ambientais, e serem tomadas as medidas necessárias para pelo menos ameniza-lo, bem como a previsão de criação e implantação de projetos compensadores para a sociedade afetada direta ou indiretamente, que ainda assim nunca serão tão satisfatórios como são anunciados nas audiências públicas e demais meios de informação.
Deixo aqui para os que defendem o desenvolvimento a qualquer custo, um artigo da CF/1988 para reflexão: \”Art. 225 – Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações\”.
Quem não se importar com que a própria legislação orienta, que pelo menos pense que seu filho pode se importar, pois poderá sentir/viver os resultados das atitudes irresponsáveis e descomprometidas com o meio ambiente pelas gerações atuais, inclusive seus pais.
quando que a sociedade santarena vai se conscientizar que só o progresso vai tornar uma santarém mais justa com renda per capeta compatível e sair desta situação caótica que vivem, santarém tem tudo para ser uma grande metro polis só precisa desenvolver esta região, a sumir que esta terra e dos brasileiros vamos dar um basta aos gringos que tem um objetivo de manter a gigante amazônia engessada para eles usufruir e manter nosso povo desta região cada vês mais pobre. o momento e oportuno vamos as ruas e conclamar que a amazônia e dos brasileiros.
Reclamações de desocupados ( Ambientalistas ). A essa corja não interessa que a Pérola do Tapajós seja um lugar que tenha geração de emprego e renda. Vivem de pernas pro ar, pois são vagabundos de carteirinha, não tendo contas a pagar, filhos na escola, conta de energia e outras coisas que o cidadão trabalhador e do bem tem que cumprir. Que um dia os rigores das leis alcance todos vocês, parasitas.
Vale ressaltar: o porto da Cargill foi construído quando já restavam apenas recordações daquilo que foi a Praia da Vera Paz, transformada em reduto de marginais.