Esgoto a céu aberto prejudica moradores do São José Operário
Um esgoto a céu aberto, localizado na Rua Tupaiulândia, no bairro São José Operário, em Santarém, virou alvo de reclamação de moradores das proximidades. O mau cheiro exalado pela água poluída que desce esgoto abaixo deixou os moradores preocupados com relação à proliferação da Dengue e a contaminação das pessoas por outras doenças.
Segundo os comunitários, há cerca de 15 dias o esgoto estourou na Rua Tupaiulândia, no São José Operário e até o momento vem causando mau cheiro e transtorno aos moradores, sem que os órgãos competentes tomassem qualquer medida para solucionar o problema.
A diarista, Rosimar Assunção Gomes, que reside em frente ao local, conta que o esgoto por ficar muito perto de sua casa, há alguns dias vem causando incômodo.
Rosimar diz que os filhos e os vizinhos não agüentam mais a sujeira e o odor que sai do esgoto. O aposentado Dário Vieira também reclama da situação e diz que a Rua Tupailândia está em situação difícil e precisa de manutenção urgente.
A Secretaria Municipal de Infraestrutura (Seminfra) informou, através de nota, que técnicos do órgão vão verificar o problema e tentarão resolver em menor espaço de tempo possível.
DEJETOS: Não é a primeira vez que moradores de bairros periféricos de Santarém denunciam esgotos a céu aberto e fossas no meio da rua. Em fevereiro deste ano, o dono de um prédio, localizado no bairro Diamantino resolveu despejar os dejetos da fossa diretamente no meio da rua. O fato foi registrado na Rua José do Patrocínio, esquina com a Rua Cristo Rei.
Segundo a filha do proprietário, a decisão foi tomada após a contratação de uma empresa especializada na retirada dos dejetos não ter feito um bom serviço. De acordo com ela, a empresa especializada foi chamada duas vezes para realizar o serviço, mas não conseguiu esvaziar a fossa. Foi, então, que o dono do prédio resolveu colocar um cano para conduzir os dejetos da fossa para a rua.
ESGOTOS NA ORLA: Não é de hoje que recai suspeita sobre a possível contaminação das águas do rio Tapajós pelos esgotos que despejam diariamente dejetos em frente à cidade. Ao longo da orla de Santarém existem vários pontos de esgoto a céu aberto sem nenhum tipo de tratamento.
Diante do problema, um estudo feito pela Universidade Federal do Oeste do Pará (Ufopa) detalhou o nível de poluição do rio. Os dados ainda não estão disponíveis para consulta pública, porém, não devem causar espanto se confirmar o que todo mundo desconfia: a poluição das águas do rio Tapajós.
Em 2007, um estudo semelhante foi feito por estudantes do Instituto Esperança de Ensino Superior (IESPEs) para a obtenção do título de Tecnólogo em Gestão Ambiental na Amazônia. Naquela oportunidade, os exames feitos em amostras de águas coletadas pelos acadêmicos confirmaram a existência de coliformes fecais em praticamente toda área de estudo, ou seja, nos sessenta pontos de esgotos existentes na orla de Santarém. As análises foram feitas no laboratório da antiga UFPA, em Santarém. O ponto que mais apresentou grau de contaminação está localizado em frente à Praça Tiradentes, onde funciona precariamente um terminal de cargas e passageiros.
Fonte: RG 15/O Impacto