Exército afasta presidente do Egito

Mohammed Morsi
Mohammed Morsi

O exército do Egito afastou o presidente Mohammed Morsi, suspendeu a constituição do país e prometeu convocar eleições em breve. Em pronunciamento na televisão estatal egípcia, o general Abdel Fatah al-Sisi afirmou que Morsi será substituído provisoriamente pelo presidente do Tribunal Constitucional.
Segundo Al-Sisi, os militares consideraram insatisfatória a resposta do governo ao ultimato dado pelas Forças Armadas na segunda-feira (1) e colocarão em marcha um plano próprio. Ele afirmou que haverá diálogo com todas as facções.
Minutos depois do discurso de Al-Sisi, a presidência egípcia reagiu, qualificando a ação militar como golpe de Estado. Um representante de Morsi pediu à população que resista pacificamente à tentativa de golpe. Segundo esse representante, Morsi foi levado a um local não revelado.

Sete manifestantes são mortos no Cairo

Sete pessoas morreram na terça-feira (2) em confrontos entre opositores e apoiantes do presidente do Egito, Mouhamed Mursi, que se manifestam no Cairo, disseram à agência France Presse fontes médicas.

Os confrontos, que tiveram lugar no bairro de Guizeh, fizeram ainda dezenas de feridos, alguns atingidos a tiro com gravidade, afirmaram as fontes.

Os que apoiam Mursi e os que exigem a sua demissão convocaram hoje novas manifestações, que contaram com milhares de participantes, na véspera de expirar o ultimato dado pelos militares ao chefe de Estado, um antigo dirigente da Irmandade Muçulmana.

Também há tumultos em outros bairros da periferia no Cairo e na província de Beheira.

Os militares deram na segunda-feira 48 horas a Mursi para “responder às reivindicações do povo” e disseram que se isso não acontecer vão apresentar “um roteiro” para a saída da crise.

A oposição viu este ultimato como um apoio para a demissão de Mursi, acusado de querer instaurar um regime autoritário favorável à Irmandade Muçulmana.

Os apoiadores do chefe de Estado insistem na legitimidade do primeiro presidente eleito democraticamente no Egito e denunciam a tentativa de o afastar pela força.

Fonte: Agência Brasil 

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