Denúncia – Tráfico de diamantes prolifera em Itaituba
Itaituba, localizado no Oeste do Pará, é um dos municípios mais conhecidos, por sua riqueza mineral, destacando-se a exploração do ouro. Porém, recentemente outro minério vem chamando atenção de grandes empresários vindo do Mato Grasso para a região do Tapajós.
Esta semana nossa reportagem recebeu a informação de que, diamantes estão sendo explorados ilegalmente no Garimpo Chapéu do Sol, em uma área identificada como “Igarapé do Seixo”. Segundo informações, uma Pedra de aproximadamente 25 quilates (ql) já foi encontrada na área por garimpeiros e possivelmente já vendida a um grupo de empresários do ramo de compra de diamantes, oriundo de Juína (MT). Esta Pedra de diamante estaria avaliada nas cifras de 20 a 30 de dólares.
A informação sobre a extração de diamante na érea surgiu a cerca de dois anos, mas agora está ganhando destaque em meio a alguns empresários do ramo. As informações relatadas à reportagem são de que, esses empresários vindos de fora estão tendo apoio de um empresário do ramo da mineração da cidade, que preferimos não divulgar ainda seu nome. Os diamantes estariam saindo da cidade de Itaituba ilegalmente, com isso não ficando nenhum imposto para a cidade.
Na manhã de quinta-feira (01de agosto), fomos até ao escritório do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral) em Itaituba e fomos recebidos pelo senhor Aldair Lamarte (chefe do escritório local). Na oportunidade, perguntamos ao mesmo se o DNPM sabe dessa extração ilegal de diamante na região do (Chapéu do Sol). Aldair Lamarte afirmou que sim! E disse ainda que a área de extração está dentro de uma unidade de conservação (Itaituba-02). Aldair também disse que a situação já foi repassada para a Polícia Federal em Brasília, que já criou um grupo de trabalho para trabalhar no caso. Devido à área ser muito grande e ter muita gente já trabalhando no local, eles a (PF) têm que montar uma logística para chegar ate ao local.
Para a extração de Diamante de uma determinada área tem que ter o Certificado de Kimberley, que foi implantado no Brasil em 2003. O Sistema de Certificação do Processo de Kimberley (SCPK) é um mecanismo internacional que visa evitar que diamantes ilegais possam financiar conflitos armados e desacreditar o mercado legítimo de diamantes brutos. Para atender aos objetivos do SCPK, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) instituiu o monitoramento e o controle do comércio e da produção de diamantes brutos em território nacional por meio do Cadastro Nacional do Comércio de Diamantes (CNCD) e do Relatório de Transações Comerciais (RTC).
O sistema CNCD visa o cadastramento de produtores e comerciantes de diamantes brutos em território nacional, o controle das declarações de produção e venda no mercado interno e o gerenciamento dos requerimentos de Certificado do Processo de Kimberley (CPK).
Ainda esta semana estaremos recebendo os nomes dos empresários que já vieram, que estão e que virão ao município de Itaituba, para tratar da compra dos diamantes. De posse desses nomes estaremos divulgando, porém, já sabemos que são de Juína (MT). Se eles forem presos pela Polícia Federal por extração ilegal de diamantes, poderão responder por: Usurpação do bem da União; Tráfico de Pedras Preciosas; Crime Ambiental e trabalho escravo. Ainda estamos recendo informações das nossas fontes, e a qualquer momento estaremos divulgando aos nossos leitores. Com informações de Junior Ribeiro.
Fonte: RG 15/O Impacto com as informações Nazareno Santos