PF cumpre mandado de busca e apreensão na mansão de presidente do IMDC

Deivson Oliveira Vidal
Deivson Oliveira Vidal

A Polícia Federal cumpre, nesta terça-feira, mandado de busca e apreensão na mansão do empresário Deivson Oliveira Vidal, presidente do Instituto Mundial de Desenvolvimento e Cidadania, no luxuoso condomínio Alphaville Lago dos Ingleses, em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. A equipe da PF chegou no imóvel às 11h15h, em busca de dinheiro e outros bens do empresário, um dos principais alvos da Operação Esopo, deflagrada na semana passada para coibir um esquema de fraudes no Ministério do Trabalho. Na ocasião, quatro servidores da cúpula do ministério, todos ligados ao ex-ministro Carlos Lupi, presidente nacional do PDT, foram exonerados.

Sobre a ação de hoje da PF, fontes ligadas à investigação não descartam a possibilidade da derrubada de paredes e de escavações no terreno da mansão em busca de pertences do empresário e de valores em dinheiro. Na segunda-feira da semana passada, a PF já havia encontrado R$ 150 mil em dinheiro, joias, dois carros importados, um helicóptero e farta quantidade de lança-perfume. Ele já foi indiciado por formação de quadrilha, fraude em licitação, peculato, corrupção ativa e tráfico de drogas.

Deivson chegou hoje à Superintendência da PF em Belo Horizonte por volta das 10h30. Bastante abatido, o empresário estava algemado nos punho e nos pés. Ele vestia calça jeans e blusa de malha preta e calçava chinelo de borracha. Deivson estava com a cabeça raspada.

O advogado do empresário está acompanhando o pente fino na mansão de seu cliente em Nova Lima. O IMDC, Organização da Sociedade Civil de Interesse Público mineira, tinha contratos com, pelo menos, cinco ministérios, além de governos estaduais e prefeituras. Só nos últimos cinco anos, a entidade recebeu R$ 400 milhões do Ministério do Trabalho. Até o momento, a PF não tem um cálculo do valor desviado.

Durante as investigações, Deivson foi flagrado em várias escutas telefônicas. Uma série deles, antecipada na semana passada pelo GLOBO, revela como o empresário agiu dentro do Ministério do Trabalho para conseguir a exclusão do IMDC de um cadastro da CGU. Com a saída do cadastro, a entidade voltou a ficar apta a firmar convênios com o poder público.

Entre os investigados, Deivson é o único que teve mandato de prisão preventiva de 90 dias decretado pela Justiça. Ele está preso na penitenciária de segurança máxima Nelson Hungria, em Contagem, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Fonte: O Globo

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