Câmara homenageia 50 anos da Filarmônica Professor José Agostinho
Uma sessão especial realizada na manhã desta terça-feira, 29, na Câmara Municipal de Santarém, homenageou os 50 anos de fundação da Filarmônica Municipal Professor José Agostinho.
O evento contou com a presença da vice-prefeita de Santarém Maria José Maia; do Secretário Municipal de Cultura, Nato Aguiar; maestro José Agostinho Neto, além dos vereadores Júnior Tapajós (PMDB), Ney Santana (PSDB), Ana Elvira Alho (PT), Ronan Liberal Júnior (PMDB), Gerlande Castro (PSD), Geovani Aguiar (PSC) e outros.
Durante a sessão, integrantes da Filarmônica presentes no plenário executaram algumas canções de autoria de compositores regionais, entre elas, do maestro Wilson Fonseca, o “Mestre Isoca”. Simpatizantes e ex-alunos da Filarmônica também estiveram presentes no plenário.
Ainda durante a sessão especial, o maestro José Agostinho da Fonseca Neto, o “Tinho”, representou a família dos fundadores da Orquestra, onde leu o texto intitulado “Filarmônica Municipal Professor José Agostinho – 50 Anos“, da lavra do desembargador federal do Trabalho, Vicente Malheiros da Fonseca, impossibilitado de comparecer ao evento.
Hoje, segundo compositores e maestros regionais, muitos alunos da Escola de Música Professor Wilde Fonseca levam em suas camisas o nome de um grande homem que muitos deles não chegaram a conhecer pessoalmente, mas que, enquanto esteve em atividade, ensinou a seus alunos lições que vem sendo transmitidas para várias gerações da população de Santarém.
“Este homem sabia muito bem que a educação musical vai muito além daquilo que cabe numa partitura. Por isso, não poderíamos deixar de prestar nossa homenagem ao professor Wilde Fonseca, grande referência na educação musical santarena”, disse o maestro José Agostinho Neto.
HISTÓRICO: Na noite de 4 de setembro de 1963, no Cine Teatro “Cristo-Rei”, aconteceu a primeira apresentação da “Banda Professor José Agostinho”, sob a direção dos irmãos Wilson (Isoca) e Wilde (Dororó) Fonseca, com a colaboração dos sargentos do Exército João de Deus Damasceno e Raimundo Bittencourt, do Tiro de Guerra 190, e apoio de Everaldo Martins, então prefeito de Santarém.
Havia trinta integrantes. No programa musical, eram apresentadas obras de John Philip Sousa, José Agostinho da Fonseca (1886-1945) e Wilson Fonseca (inclusive o Hino de Santarém), além dos Hinos Nacional e da Independência do Brasil, com a participação do Coro da Catedral de Santarém e alunos de diversos colégios da cidade.
MUDANÇA: A Lei nº 14.256/1992 deu nova denominação à Banda, que passou a se chamar “Filarmônica Municipal Professor José Agostinho”. Desde sua fundação, todo o repertório da Filarmônica era escrito por Wilson Fonseca (composições e arranjos). Os ensaios e apresentações, a cargo dos irmãos Wilson e Wilde Fonseca, filhos de José Agostinho da Fonseca, que dá nome à orquestra.
Já a direção administrativa do grupo ficava sob responsabilidade de Sebastião Nogueira Sirotheau, titular do Cartório de Imóveis do 1º Ofício de Santarém. “Bazinho”, como era conhecido, além de integrante e líder da Filarmônica, onde tocava saxofone-tenor e tuba, funcionava como arquivista de partituras musicais e ainda transportava os músicos para ensaios e concertos. Com o falecimento do maestro Isoca no ano de 2002, Dororó em 2010 e Bazinho em 2011, a Filarmônica passou a ser dirigida pelo maestro João Paulo Santos Fonseca, neto de José Agostinho da Fonseca, filho de Wilde Fonseca e Madalena Santos Fonseca (que integrou o conjunto tocando pratos).
Na tradição da família Fonseca, os irmãos do maestro João Paulo (José Wilde, Agostinho e Benedito) também foram membros da Filarmônica. Hoje, ainda permanece, no naipe de saxofone-alto, o primogênito José Wilde. Do mesmo modo, atuaram, nas décadas de 60 e 70 do século passado, os irmãos José Wilson Malheiros da Fonseca (sax-horn, sax-alto, trompete e trombone), José Agostinho Neto (clarinete e percussão) e Vicente Malheiros da Fonseca (sax-horn e barítono – espécie de eufônio).
Fonte: RG 15/O Impacto