Já são 28 policiais mortos apenas em 2013
A morte de um policial civil na noite do último sábado (26), durante uma tentativa de assalto, na cidade de Benevides, revoltou o Sindicato dos Servidores Públicos da Polícia Civil do Pará (Sindpol) e mais uma vez colocou em discussão o Sistema de Segurança Pública do Estado. Carlos Costa Magno, 59 anos, que atualmente estava lotado na Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (Deaca), sediada no Pro Paz Integrado da Santa Casa, foi executado com um tiro na cabeça por dois homens armados, no momento em que circulava de carro por uma área de invasão do município.
Segundo o Sindpol, a vítima foi o 28º policial, entre civil e militar, executado este ano. Um número que, segundo a entidade, mostra o quanto os profissionais de segurança têm se tornado reféns da violência urbana. “A maioria desses crimes poderiam ser evitados se o Estado tivesse uma boa estrutura de segurança pública. Mas a realidade é outra. O policial é uma das maiores vítimas da violência porque o sistema de segurança publica do Pará já está falido há muito tempo. Os direitos do policial não são respeitados, ele acumula funções e ainda não possui o mínimo de estrutura para a segurança dele e de seus familiares”, afirma Gibson Silveira, vice-presidente do sindicato.
Para o Sindpol, a morte de Carlos Magno representa o descaso da Segurança Pública do Estado. “Temos certeza de que esse homicídio e tantos outros poderiam ser evitados se houvesse mais investimento na segurança pública. De um lado, temos um efetivo policial muito baixo, que não consegue atender as necessidades da população. De outro, temos muito presos reincidentes na rua, facilitação de armamento para bandidos e uma estrutura falida para o policial trabalhar”, denuncia Gilson.
O crime ocorrido em Benevides trouxe à tona também outro episódio de grande repercussão envolvendo a vulnerabilidade dos profissionais de segurança no Estado. Em agosto deste ano, dois policiais civis foram feitos reféns dentro da própria delegacia em que trabalhavam, no município de Santa Maria do Pará, nordeste do Estado, após uma invasão de criminosos. De acordo com o Sindpol, os dois profissionais foram afastados do serviço devido ao trauma causado pela ação dos bandidos. E até agora nenhum dos integrantes da quadrilha que assaltou a delegacia foi preso.
“Outra coisa que percebemos, principalmente em episódios ligado aos colegas da polícia, é a falta de interesse da Delegacia Geral em dar uma resposta para esses crimes. Enquanto casos como o do assalto à sede da polícia em Santa Maria e outras dezenas de homicídios contra policiais permanecem impunes e sem resposta, outros casos, de maior repercussão e envolvendo autoridades, são resolvidos de forma muito rápida. Ou seja, para o comando da Polícia Civil do Estado há uma distinção clara entre investigar crimes que eles consideram importante e crimes que não têm tanta repercussão”, critica o vice-presidente do Sindpol.
Em nota divulgada pela assessoria de comunicação, a Polícia Civil lamentou o ocorrido e disse que o policial era um valoroso profissional com 28 anos de carreira dedicados à instituição. “Solidarizamo-nos com a família enlutada, amigos e companheiros de trabalho, fazendo votos de que encontre a paz de Deus”, informou o documento.
O crime ocorrido no último sábado foi registrado na Divisão de Homicídios de Belém. A dupla suspeita de matar o policial continua foragida.
Fonte: Diário do Pará
quando um policial da um empurrao em um vagabundo, toda a siciedade se revolta, quema onibus, a oab, se mobiliza, os direitos humanos, em fim tudo acontece, com policial fica tudo como está.