Feijão manteiguinha bate recorde de produção na várzea

Produtor Antônio Edimilson Pimentel (Macambira)
Produtor Antônio Edimilson Pimentel (Macambira)

A produção de feijão manteiguinha na região de várzea deve ser superior à do planalto. A constatação foi nesta terça-feira (19) na comunidade Tapará Grande. Uma área plantada em caráter experimental de 28 X 115 vai produzir mais de 500 Kg do produto a partir de seis mil pés de feijoeiro, uma produção superior em pelo menos 50%, se comparada com um experimento que foi feito no planalto, mais precisamente na comunidade  Nova Esperança, na região do Ituqui, cuja média de produção foi de 1 tonelada por hectare.

Em apenas 60 dias, foi feita a primeira “apanha”. O produtor Antônio Edimilson Pimentel, conhecido como Macambira, comemorou os primeiros resultados, e destacou o apoio da Secretaria Municipal de Agricultura e Produção Familiar (SEMAP) e Coordenadoria Municipal de Incentivo à Produção Familiar, além da EMATER, que estão dando o aporte. Ele garante que com o resultado do plantio, pelo menos 10 agricultores da região já o procuraram, interessados em produzir o feijão.

Mas nem tudo foi tão bom assim logo no começo. As sementes trazidas da região de Bragança tiveram baixo índice de germinação e foram logo substituídas por sementes produzidas no campo experimental da região do Ituqui. Para Macambira “resta agora contratar gente pra fazer a apanha”, comemora.

O feijão manteiguinha, segundo o técnico da Emater, Francisco Loris, foi introduzido no Brasil pelos confederados. Inicialmente, a cultura do manteiguinha era feita na linha de Urucurituba, em frente à cidade de Santarém, no século XIX. Mas de lá pra cá a produção diminuiu bastante. Segundo ele, o feijão manteiguinha tinha o nome de lentilha e só se popularizou como manteiguinha de Santarém. O grande desafio agora será encontrar uma forma de fazer o “desfolhamento”, para facilitar e baratear o custo de colheita. A maturação em tese deve acontecer de uma só vez, usando a técnica.

Com parceria com a EMBRAPA, está sendo feito estudo para adequar o melhor espaçamento, visando o aumento ainda maior da produção. Na área de experimento da comunidade de Tapará Grande, o espaço entre cada planta foi de 1 metro. Nesse sentido ficou comprovada a necessidade de aumentar a área para um intervalo de em média 2 metros de uma planta para a outra. O novo espaçamento já começou a ser adotado em outro campo experimental: o de Santana do Ituqui.

Para o coordenador da CPROF, Otávio Macedo foi interessante a experiência na região do Ituqui, mas  com o sucesso, ainda maior, na região de várzea, os interessados em produzir o feijão manteiguinha, vão receber as sementes e o acompanhamento seja no preparo do solo ou na melhoria da técnica de produção.

Otávio assegura que este é um resgate dessa cultura e tem mostrado que dá até pra vislumbrar que com o interesse dos produtores e o consequente aumento da produção, o feijão manteiguinha, poderá sim, em um período muito curto, ser um produto a ser inserido no cardápio da merenda escolar, através da criação de cooperativas de produtores dessa variedade.

DECORAÇÃO NATALINA PROPÕE A REFLEXÃO SOBRE NOVAS PRÁTICAS SUSTENTÁVEIS

Na noite de 2ª feira (18), foram acesas as 55 lâmpadas da árvore de Natal instalada na Praça São Sebastião
Na noite de 2ª feira (18), foram acesas as 55 lâmpadas da árvore de Natal instalada na Praça São Sebastião

Arte aliada à sustentabilidade. Este é o destaque da decoração de Natal de Santarém. Na noite de segunda-feira (18), foram acesas as 55 lâmpadas incandescentes da árvore de Natal instalada na Praça São Sebastião, em frente à orla da cidade, um dos locais mais visitados nesta época do ano. A cidade será ornamentada com 40 árvores natalinas, medindo 4,5 metros de altura por 5,5 metros de largura.

De acordo com o titular da SEMMA, Podalyro Neto, o grande diferencial da ornamentação natalina deste ano é a confecção da árvore com pneus, que representa um forte aspecto sustentável – entre as 40 árvores que estão sendo montadas, a SEMMA evitou o despejo de 2.200 pneus ao meio ambiente.

“A decoração é constituída por pneus que poderiam estar poluindo a cidade e causando problemas ambientais. A mensagem que queremos passar é de uma cidade sustentável, com menos impactos ambientais. Uma reflexão que servirá para o ano inteiro”, pondera o secretário de Meio Ambiente, Podalyro Neto.

Ainda no quesito sustentabilidade, segundo dados da Coordenadoria de Saneamento Básico, a Prefeitura retirou até o momento mais de 76 toneladas de pneus.  De acordo com Podalyro, o material será destinado ao processo de reciclagem, inclusive com empresas de Manaus que já manifestaram o interesse.

Preparação- Para cada árvore são utilizados 55 pneus – todos perfurados, para evitar o acúmulo de água. Na base de cada um, também, está sendo colocada areia. Depois de pintados, os pneus são amarrados e montados no formato de uma árvore de natal convencional. Por último, a árvore recebe a decoração final com a colocação de festão nas bordas e luminárias no centro de armação.

Fonte: RG 15/O Impacto e CCOM/PMS

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