Polícia Federal prende ex-vice-prefeito de Rurópolis

Vilson Gonçalves
Vilson Gonçalves

Uma investigação minuciosa de agentes da Polícia Federal de Santarém resultou na prisão do madeireiro e ex-vice-prefeito de Rurópolis, Vilson Gonçalves, na tarde de quarta-feira, 20, naquele Município. O madeireiro é acusado de atuar na extração e comércio de ilegal de madeira na Floresta Nacional de Trairão (Flona de Trairão).

Vilson Gonçalves é proprietário de duas empresas no município de Rurópolis. A Polícia Federal também apreendeu computadores do empresário, para inspeção.

Segundo a Polícia Federal, as duas empresas atuavam dentro da Floresta Nacional (Flona) de Trairão e a madeira era vendida sem documentos nas cidades da região, inclusive Santarém.

A detenção do empresário foi realizada a partir do cumprimentado de mando de prisão. Foram cumpridos também outros 14 mandados de busca e apreensão na cidade. O empresário foi levado para a sede da PF em Santarém, onde prestou depoimento ao delegado titular.

Servidores de órgãos de segurança afirmam que a participação de políticos na extração ilegal de madeira na região Oeste e em todo o Estado do Pará é constante e, que dentro dos próximos dias mais autoridades regionais da área da política serão presas por crime ambiental.

Além da prisão realizada em Rurópolis nesta semana, no inicio deste mês a operação denominada “Térmita II” da Polícia Federal, resultou na prisão de madeireiros e funcionários da Secretaria de Estado da Fazenda do Pará (Sefa) e da Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), em Santarém e outros municípios do Pará.

A Polícia Federal cumpriu sete mandados de prisão preventiva através da operação “Térmita II”, que tem como objetivo desarticular uma organização criminosa que extraiu madeira de área protegidas de forma clandestina e, segundo a polícia, burlou os sistemas de controles ambientais. Das sete pessoas presas, três foram empresários e técnicos do setor madeireiro de Santarém.

De acordo com a Polícia Federal, a quadrilha atuava fraudando a obtenção e comercialização de créditos florestais no SISFLORA e DOF-Documento de Origem Florestal, (sistemas de controle florestal). Dentre os alvos da operação três envolvidos eram servidores da SEFA e outros dois da SEMA, além de empresários do ramo madeireiro.

Na operação, cerca de 140 Policiais Federais cumpriram 44 mandados, deferidos pela 9º Vara Federal de Belém, no Pará, especializada em crimes ambientais. Além das sete prisões preventivas, foram expedidos 16 mandados de Condução Coercitiva e 21 de Busca e Apreensão de Busca e Apreensão em sedes de madeireiras e residências dos investigados nos municípios de Belém, Altamira, Uruará, Itaituba, Santarém e Alenquer, todos no Pará, além de Juiz de Fora/MG e Alta Floresta, Várzea Grande e Colniza, estas no estado do Mato Grosso.

Segundo os advogados dos suspeitos, os três envolvidos foram levados à Delegacia de Polícia Federal em Belém, onde prestaram depoimentos. Em nota, a Polícia Federal informou que os investigados foram indiciados pelas práticas de crimes ambientais, formação de quadrilha, corrupção ativa e passiva e concussão.

As investigações tiveram início há cerca de um ano, decorrentes de denúncias oriundas da Corregedoria da Secretaria de Meio Ambiente do Estado.

Fonte: RG 15/O Impacto

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