Carlos Ferro critica autoridades por falta de políticas ambientais
O pescador e ex-Secretário de Meio Ambiente, Carlos Ferro, teceu veementes críticas às autoridades constituídas pela omissão e impunidade para com os criminosos ambientais. Salienta o ambientalista, com ampla análise, que o descaso, a impotência, incompetência e literal inércia do Estado, são os principais fatores da situação de abandono que se encontram as áreas fluviais.
Partindo dessa premissa, nossa redação foi “in loco” na residência do denunciante localizada na Travessa Tiago Peres, bairro da Luanda e constatamos que existe no fundo de seu quintal aproximadamente cinco mil garrafas de vidros e as famigeradas garrafas pets. Segundo Carlos Ferro, simultâneo a sua labuta de pescaria, pratica o serviço multifuncional no recolhimento de vários lixos fluviais que de certa forma estão assoreando os lagos, rios, córregos, igarapés, mananciais etc. Ressalta o mesmo, que tal iniciativa objetiva chamar atenção das autoridades para que estas tomem atitudes desse verdadeiro absurdo no município de Alenquer.
“É triste externar minha indignação que há muitos anos as autoridades não fazem absolutamente nada para coibir a agressividade e o dano irreparável ao meio ambiente. Por isso, todas às vezes que vou pescar fico estarrecido com a grande quantidade de lixo fluvial nas áreas de várzea. Assim sendo, o mínimo que devo fazer para evitar e diminuir impactos ambientais (assoreamento, poluição e contaminação das espécies) é retirá-los e colocá-los no fundo de meu quintal. Minha preocupação é que alguns desses objetos demoram 500 anos para se decomporem. Lamentavelmente a falta de ações e mecanismos educacionais, são as principais causas dessa verdadeira vergonha. Como medida racional, estou com projeto de aproveitar e reciclar o material de garrafas pets na construção de minha residência”, concluiu Carlos Ferro.
FUTRIMANGANDO – É inquestionável que às vésperas das eleições o governo do Estado volta com a sua manjada e velha estratégia de ludibriar a população abandonada da Calha Norte com projetos politiqueiros (Pro-Paz). Enquanto isso, no caso específico do município de Alenquer a população continua sofrendo: com falta de saneamento básico, falta de energia elétrica, falta de água nas torneiras, escolas caindo aos pedaços e ramais intrafegáveis. Sem contar evidentemente que com o fim da verdadeira avalanche de poeira que está acabando com o início do inverno, a comunidade ximanga vai passar a conviver com grandes poças de lama em detrimento de milhares de buracos que não foram tapados durante o verão. Reflitam sobre isso!
Por: Hemenegildo Garcia/e-mail: rhgarcia2008@hotmail.com