Belém é a 23ª cidade mais violenta do mundo

Assassinato de um professor universitário
Assassinato de um professor universitário

Com 16 municípios incluídos em um estudo sobre a violência nas principais cidades do mundo, o Brasil se torna o país com o maior número de cidades entre as 50 mais violentas. Belém ocupa a 23ª posição, com uma taxa de 48,23 homicídios por 100 mil habitantes. No ano passado a capital paraense era a 26ª. Em apenas um ano subiu três posições. O ranking é feito todos os anos pela ONG Conselho Cidadão para a Segurança Pública e Justiça Penal, com sede no México.

O estudo utiliza índices de população e de homicídios de estatísticas oficiais dos governos locais de cidades com mais de 300 mil habitantes. A cidade brasileira mais violenta é Maceió (AL), que ocupa o quinto lugar do ranking mundial, e tem uma taxa de 79,76 homicídios por 100 mil habitantes. Fortaleza é a sétima mais violenta, com uma taxa de homicídios de 72,81. João Pessoa (PB), que está na nona colocação, apresenta uma taxa de 66, 92.

O estudo utilizou taxas de homicídio do ano de 2013 para classificar as cidades como mais ou menos violentas.

Entre as cidades brasileiras também estão presentes na pesquisa Natal (RN) com 57,62; Salvador (BA) com 57,61; Vitória (ES) com 57,39; São Luís (MA) com 57,04; Campina Grande (PB) com 46; Goiânia (GO) com 44,56; Cuiabá (MT) com 43,95; Manaus (AM) com 42,53; Recife (PE) com 36,82; Macapá (AP) com 36,59; Belo Horizonte (MG) com 34,73; e Aracaju (SE) com 33,36.

Lidera o ranking como a cidade mais violenta do mundo o município hondurenho de San Pedro Sula. É o terceiro ano consecutivo que o município da América Central ocupa a primeira colocação. A cidade tem uma taxa de 187,14 por 100 mil habitantes.

Com uma taxa de 134,36, Caracas, na Venezuela, é considerada a segunda cidade mais violenta. A terceira é Acapulco, no México, com uma taxa de 112, 80, segundo a pesquisa.

A organização não governamental mexicana concluiu que países com políticas de restrição às armas de fogo têm índices de violência maiores do que outros. Um exemplo pode ser observado no México. O país proíbe o porte de armas e mantém regras rígidas de posse de armamentos, entretanto, tem 9 cidades na lista das mais violentas e ocupa a 2ª posição do ranking com Acapulco (142,88 mortes por 100 mil habitantes).

Das 34 nações que figuram o estudo, o Brasil encontra-se em 13º lugar com uma taxa de 29,68 homicídios por 100 mil habitantes.

Brasília e Curitiba já saíram do ranking da violência

Em 2012, o mesmo estudo listava 14 cidades brasileiras. No ano passado, subiu para 15 e este ano já são 16. A maioria das cidades do ranking fica na América Latina. Das 50 cidades, nove estão no México, seis na Colômbia, cinco na Venezuela, quatro nos Estados Unidos, três na África do Sul, dois em Honduras e um em El Salvador, na Guatemala, Jamaica e Porto Rico.

“Isto confirma o que revelam diversos estudos mundiais: que [a taxa de] homicídio na América Latina tem índices muito acima da média mundial”, diz José Antonio Ortega Sánchez, presidente da ONG, em texto publicado no site da organização.

Saíram da lista as seguintes cidades que estavam na lista de 2012: Brasília e Curitiba, no Brasil; Barranquilla, na Colômbia; Oakland, nos EUA, e Monterrey, no México. Todas tiveram taxas inferiores ao 50° colocado, Valencia, na Venezuela.

No ano passado, o Centro de Estudos Latino-Americanos (Cebela) divulgou um ranking que mostra Belém como a 9ª cidade mais violenta do Brasil. O estudo foi feito com dados do Subsistema de Informação sobre Mortalidade (SIM), do Ministério da Saúde.

Intitulado Mapa da Violência 2013, a pesquisa demonstrou um crescimento alarmante no percentual de violência entre a população jovem de 1980 a 2011. Mortes não naturais e violentas – como acidentes, homicídio ou suicídio – cresceram 207,9%, em todo o país. Considerando-se apenas homicídios, o aumento chega a 326,1%.

Do total de mortes registradas na faixa etária de 14 a 25 anos (46.920), em 2011, 63,4% tiveram causas violentas (acidentes de trânsito, homicídio ou suicídio), mais que o dobro da década de 1980, quando o percentual era de 30,2%.

Fonte: Diário do Pará

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