Dilma quer evitar uso de armas letais
O registro no fim de semana de atos de vandalismo e repressão da polícia em protestos contra a realização da Copa do Mundo, quatro meses e meio antes do início do torneio mundial de futebol, levou o governo federal a acelerar convênios e parcerias com os governos estaduais, visando ao aumento da segurança nas ruas. Além disso, a ideia e orientar as polícias para evitar confrontos letais.
De acordo com o Ministério da Justiça, a Secretaria de Segurança para Grandes Eventos, criada especialmente para a Copa, acabou de fechar convênios de atuação com todos os 12 Estados-sede da Copa e já está trabalhando nas ruas. Um plano estratégico de atuação da Polícia Federal, Forças Armadas e Agência Brasileira de Inteligência (Abin) foi entregue à presidente Dilma Rousseff, que pretende convocar uma reunião sobre a segurança da Copa quando retornar de Cuba.
Segundo os ministérios envolvidos na segurança do evento, há hoje uma preocupação em evitar que as PMs usem armas letais na repressão às manifestações. A presidente Dilma Rousseff orientou o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) a firmar um protocolo de intenções com as PMs, de forma a evitar a repressão violenta.
Os ministérios da Justiça, Defesa e Esporte, além do Gabinete de Segurança Institucional, informaram que estão aguardando o chamado da presidente para dar mais informações sobre o plano estratégico para atuação nas ruas, nos aeroportos e nas fronteiras antes e durante a Copa. Dentro dos estádios de futebol, a própria Fifa terá um corpo particular de segurança. Do lado de fora das arenas, a PM de cada Estado-sede da Copa fará o patrulhamento. A ideia é conter o vandalismo com ações de inteligência, sem que seja usada violência por parte das PMs.
Fonte: Diário do Pará