Jovens chineses são internados em clínicas para deixarem vício em internet
Aos 14 anos, Zhang vive sob disciplina militar. Acorda às 6h e logo está enfileirada com outros 74 jovens para marchar durante 30 minutos. Os termômetros marcam zero grau.
Até o toque de recolher, rigorosamente às 21hs, o dia é consumido em uma sequência intensa de atividades, como sessões de reeducação e exercícios físicos.
Zang é a caçula de um grupo de jovens que passa meses isolado do mundo, numa clínica militar na periferia de Pequim. Vivem atrás de grades, mas não fizeram nada ilegal. O que os une é o diagnóstico em comum: são “viciados em internet”.
O mais velho tem 30 anos. Todos foram levados à força pelos pais, que já não sabiam mais o que fazer para lidar com filhos que se desligaram da realidade para viver diante da tela do computador.
Nove em cada dez são viciados em jogos eletrônicos. Alguns foram drogados e levados inconscientes ao centro de Reabilitação.
Outros como Zangh foram enganados pelos pais, que disseram a ela que iriam viajar. Quando a menina percebeu, esperneou e resistiu à internação, mas foi imobilizada por funcionários do Centro e teve que ficar.
Fonte: Folha de São Paulo