CARNAVAL, COPA DO MUNDO E ELEIÇÕES 2014 –II
Retomando o assunto do texto da semana passada, agora encerrado o carnaval.Vem aí a COPA DO MUNDO, no País do Futebol. Tem muita gente contra, estas estão nas ruas. Não protestando, mas bagunçando e outros a favor. Tem gente que está ansiando por isso a vida toda e agora é a grande chance de se ver a “brazuca” rolar, nos estádios reciclados e modernizados ou revitalizados, como queiram ou como acharem melhor, deixando de ser estádio para ser arena. No padrão Europeu.
Basta lembrar o show de mudança do Vivaldo Lima, em Manaus, ocorrido no domingo passado, agora ARENA DA AMAZÔNIA. E aqueles daqui do Parazinho que falavam que o amazonas não tem tradição futebolística, ficaram de queixo caído, vinte mil torcedores só em um anel do estádio. Mas lá tem um distrito industrial com algumas das maiores indústrias do mundo. Além, de não disseram que o “companheiro Lula” lhes garantiria uma chave da copa do mundo, não foi dona Ana Júlia? E aqui alguns políticos ilusionistas, ainda ficam batendo numa tecla, besta, de que alguma seleção vem para cá treinar, por causa do inacabado Colosso do Tapajós, com vinte e sete anos de banda, mas quando for antes do dia cinco de outubro, poderá se inaugurar o resto que estão emendando.
A moda é verde e amarelo. Antes a cidade se vestia de verde e amarela. As vitrinas das lojas (hoje, não tem mais, só tabuleiros nas calçadas. Acham que este é mais eficiente e desobedecemo que está regulamentado no Código de Postura do Município) decorava-se com motivos da copa. Havia concurso da rua mais bem enfeitada, com os motivos da Copa. E o comércio faturava, como fatura no carnaval (ainda tem um jornalista que diz que o carnaval só gera renda só para as alegarias e endereços. Olhe, companheiro, já é uma prova de que gera renda, porque para isso envolve muito material e mão de obra, intere-se do assunto! Visite um barracão de um bloco, por exemplo).
Anteriormente era uma espécie de feriado nacional a convocação da seleção brasileira, queria-se saber quem eram os convocados. Mas agora, ela está sendo convocada e jogando mais do que o STOPIM, do meu prezado amigo prof. Afonso, o popular ex atleta tricolor: Cupu. Tudo por força dos seus patrocinadores que obrigam essa série de jogos, sem seleções inexpressivas, comparando com a “Canarinho”, só para vender material esportivo e gelada. Agora, Aguarda-se o óbvio.
Endivida-se com a compra de novo aparelho de televisão, com uma imagem mais ampla para ver os jogadores bem grandes. Os bares decoram e incluem a antena parabólica. O pacote para não se perder nenhum jogo de nenhuma chave. O comércio e os colégios vão funcionar em horário especial, principalmente nos dias dos jogos do Brasil, e nas cidades sede de alguma chave da Copa, o que não é o caso da nossa capital, que perdeu o título que possuía outrora. O de ter o maior estádio da região Amazônica.
Então, com a compra da camisa da Copa de 2014, no Brasil, só nos resta pegar a bandeira e os demais instrumentos musicais, menos aquelas cornetas africanas, e agitar a torcida.
Na minha infância, a minha primeira Copa foi a de 1958, a concentração era no Bar Mascote porque o “Velho Meschede” tinha motor de luz e podia-se ouvir pelo rádio a partida final. (a cidade só tinha luz elétrica das dezoito às vinte e uma horas. Após o encerramento, com a vitória do Brasil por 5 a 2, os saudosos irmãos: Mimi e Adalgiso Paixão puxaram a passeata, naquela época era no pé mesmo. Lembro-me de alguns personagens que estavam no meio: Expedito Toscano, Otávio Espírito Santo (o Nego Otávio, ex-jogador do São Raimundo), Malaquias, entre outros, festejando a nossa primeira Copa conquistada nos campos da Suécia. A criançada, ou, como se dizia naquela época, sem discriminação, “a molecada”, só de calção correndo e pulando atrás dos músicos que formavam o bloco. O mesmo seguiu-se em 1962 e 1970. A partir daí já apareceram os carros e passou-se, então, a se ter, às vezes, perigosas carreatas.
Enquanto isso, o governo fica, na surdina, tomando medidas que não são nada agradáveis para os cidadãos, só para eles da cúpula de Brasília. Atente para os aumentos do combustível e de produtos de primeiras necessidades. E a inflação nunca sobe. E só se vai tomar conhecimento após a ressaca da Copa, se o Brasil ganhar vai-se dizer, pelo menos o Brasil Ganhou! Senão, fica por isso mesmo. Outro jeito não há, a não ser o de “dançar”, sem instrumento musical.
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Aqui registro com pesar o falecimento da Professora ESTHER NAVARRO. Trabalhamos juntos e fizemos parte do Sindicato. Ela foi a grande líder da categoria do magistério, nos anos oitenta e noventa. Foi umas das primeiras presidentes, dinâmica e atuante, da hoje, APRUSAN. E também registro com pesar o falecimento do grande carnavalesco RAI ARAÚJO, do tempo áureo do nosso Carnaval. Estilista, carnavalesco, aqui, em Belém e Rio de Janeiro. Foi um dos primeiros a promover as grandes recepções sociais em Santarém. O outro meu dileto amigo, RUIMAR CARDOSO, da quadra do Rui, no bairro do Jardim Santarém. Descasem em Paz! Minha solidariedade às famílias enlutadas.
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Após o sucesso do Carnaval o FLUMINENSE reabre as suas portas, hoje, com a sua tradicional SEXTA DA SAUDADE, com a Banda Estação Ponto Com, a partir das 23 horas, imperdível.
Descanse em Paz Professora Esther, puxou minhas orelhas algumas vezes para prestar atenção em sua aula, hoje eu sou agradecido por isso, vou sentir saudades.