Dilma empossa seis novos ministros
Em discurso de posse de seis novos ministros, na manhã desta segunda-feira, 17, a presidente Dilma Rousseff afirmou que o brasileiro percebe que “está ao lado dele”. A petista voltou a defender sua política econômica e destacou a estabilidade que, segundo ela, é capaz de enfrentar “todas as conjunturas”.
“O povo brasileiro é sábio e percebe quem está ao lado dele”, disse Dilma. “Tenho certeza de que os novos ministros darão continuidade aos projetos dos antecessores”, complementou. Nas últimas semanas, a condução da política econômico tornou-se o alvo principal de ataques de representantes da oposição, em especial do senador Aécio Neves (PSDB-MG) e do governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), prováveis adversários da petista na disputa presidencial nestas eleições.
Ao agradecer o trabalho dos antigos ministros, Dilma afirmou que todos “contribuíram decisivamente para a construção e consolidação de um projeto de Brasil”. Esse projeto, disse ela, permitiu que o País diminuísse a desigualdade e construísse um mercado interno. A presidente também afirmou que o Brasil manteve os “fundamentos macroeconômicos” e que o País tem “uma situação de estabilidade”.
Assumiram nesta segunda-feira, Néri Geller no Ministério da Agricultura, no lugar de Antonio Andrade (PMDB-MG); Clélio Campolina Diniz na Ciência, Tecnologia e Inovação, substituindo Marco Antonio Raupp; Gilberto Magalhães Occhi na pasta de Cidades, em lugar de Aguinaldo Ribeiro (PP-PB); Eduardo Lopes (PRB-RJ) na Pesca e Aquicultura, antes sob comando de Marcelo Crivella (PRB-RJ); Miguel Rossetto no Ministério do Desenvolvimento Agrário, em substituição a Pepe Vargas; e Vinícius Nobre Lages no Turismo, no lugar de Gastão Vieira (PMDB-MA). As nomeações já foram publicadas no Diário Oficial desta segunda-feira.
As trocas, já previstas em razão das saídas de titulares que pretendem disputar as eleições, ocorrem no momento de maior tensão entre o governo e o PMDB. Nessas mudanças, Dilma prestigiou ala do PMDB no Senado ao indicar Vinícius Lages, nome apoiado por senadores, na tentativa de manter o controle em uma das Casas do Congresso, diante da rebelião do partido na Câmara. A legenda continua com cinco ministérios sob seu comando, sem receber o sexto ministério, como cobravam peemedebistas. / Ricardo Della Coletta, Daiene Cardoso, Nivaldo Souza, Rafael Moraes Moura e Luci Ribeiro
Fonte: Estadão