Pacientes Renais Crônicos promovem audiência pública
A Associação de Pacientes Renais Crônicos do Oeste do Pará promove nesta quinta-feira, 20, na Câmara Municipal de Santarém, uma audiência pública para abordar assuntos referidos a pessoas que fazem ou precisam de tratamento de hemodiálise nos hospitais públicos da cidade. Promotores do Ministério Público do Estadual (MPE) deve participar da audiência.
Segundo o presidente da Associação dos Pacientes Renais Crônicos, Miguel Maciel, a audiência vai acontecer por conta dos pacientes de todos os municípios do Oeste do Pará que recebem atendimento em hemodiálise somente em Santarém, o que provoca uma alta demanda no Município.
O Hospital Municipal de Santarém (HMS) conta com apenas 10 máquinas de hemodiálise e o Hospital Regional somente 20, números considerados insuficiente para os atendimentos.
Para a audiência pública, já foram convidados membros das secretarias e órgãos ligados à saúde dos municípios do Oeste e do governo do Estado do Pará.
Hoje, o Hospital Municipal atende 53 pacientes renais crônicos, além daqueles que já estão internados com quadros mais críticos. Já o Hospital Regional do Baixo Amazonas do Pará (HRBA) atende 200 pacientes. Na audiência pública será discutida também à questão de transplantes de rim que ainda não é feito na cidade.
O Coordenador do Serviço de Hemodiálise do HRBA, Dr. Emanuel Espósito, garante que a prevenção é a melhor arma contra o adoecimento dos rins. Segundo o especialista, existem testes rápidos que podem identificar facilmente pessoas propensas às doenças renais. “Nós passamos o ano inteiro acompanhando os pacientes que estão enfrentando as doenças renais e mais de 60% dos pacientes que fazem hemodiálise tem como causa a hipertensão e a diabetes. Então identificar pacientes com alterações na glicemia e na pressão arterial já é uma medida de prevenção das doenças renais crônicas”, afirma.
O especialista orienta a população sobre mudanças de hábitos que podem trazer benefícios para a saúde, além de prevenir as doenças renais que geralmente surgem silenciosamente. “A doença renal precisa ser lembrada. A população pode pedir para o seu médico solicitar o exame da creatinina, que é um exame rápido e barato. As pessoas precisam perder o hábito de tomar medicação sem prescrição médica. É importante praticar atividades físicas e manter uma boa alimentação além de ingerir água, então são medidas simples”, recomenda.
Fonte: RG 15/O Impacto