Após 05 anos de atividades, Oncologia do HRBA é destaque nacional e internacional
Com uma equipe multiprofissional comprometida o Hospital Regional do Baixo Amazonas (HRBA), que é administrado pela parceria Governo do Estado e Pró-Saúde, conseguiu nos últimos cinco anos se destacar no cenário nacional e também internacional não somente pelos atendimentos prestados aos pacientes oncológicos como também pelos trabalhos apresentados em congressos e publicados em revistas cientificas. Atualmente compõem o setor oncológico do HRBA os médicos Marcos Fraga Fortes (Cirurgião oncológico e Coordenador do Serviço), Carlos Augusto Hummes (Oncologista Clínico), Kalysta Resende Borges (Hematologista), Rui de Mendonça Alho (Ginecologista e Mastologista), Angeluce Santos (Ginecologista e Mastologista), José Luiz Amorim de Carvalho (Oncologista Clínico), Fernando Chalu Pacheco (Oncologista Clínico), Gicely de Nazaré Lima Pereira (Oncologista Clínico), José Augusto Palheta Fernandes (Oncologista Clínico), Alayde Vieira Wanderley (Oncopediatra) e Laudreisa da Costa Pantoja (Oncopediatra).
De 2010 a 2012, dentro do Registro Hospitalar de Câncer (RHC) dos pacientes assistidos pelo HRBA, os tipos de câncer de maior incidência estão os de colo uterino, mama, próstata, leucemia, pele e estômago. Com abrangência em 20 municípios que integram o Oeste Paraense,o maior número de pacientes são dos municípios de Monte Alegre, Itaituba, Oriximiná, Óbidos, Prainha, Alenquer, Rurópolis, Belterra, Novo Progresso, Almeirim, Placas, Curuá, Aveiro, Juruti, Terra Santa, Trairão além de outras cidades de outras regiões do Pará, ou até mesmo, de fora do estado como Macapá (Amapá) e Porto Velho (Rondônia).
Em 2013 o RHC registrou 12.424 consultas oncológicas, 4.797 sessões de quimioterapia e 24.039 sessões de radioterapia. Também foram realizadas 805 cirurgias oncológicas e 383 Internações. Em 2014, os dados do RHC apontam que em janeiro foram atendidos em consultas 2.493 pacientes (1.259 em janeiro e 1.234 em fevereiro) também foram realizadas 1.079 sessões de quimioterapia, (475 em janeiro e 604 em fevereiro), 32 sessões de braquiterapia, 122 cirurgias oncológicas e 64 internações.
O Coordenador do Serviço de Oncológia do HRBA, Dr Marcos Fortes, recordou como era o HRBA antes de seu pleno funcionamento, período em que a população do Oeste Paraense não tinha atendimento de média e alta complexidade em um hospital 100% público. “Quando eu estive aqui há seis anos eu não consegui entender como um hospital tão bonito, tão grande, não tinha o funcionamento adequado, os pacientes eram transferidos para Belém ou para Manaus e com o trabalho, que foi gigantesco, graças a Deus, nós conseguimos abrir e ampliar o Serviço de Oncologia, que hoje é uma referência”, recordou o cirurgião oncológico que via os pacientes serem encaminhados para outros centros, e muitos abandonavam tratamento por falta de recursos financeiros necessários.
Hoje, com o HRBA em pleno funcionamento, a população dispõe de atendimentos fundamentais na luta contra o câncer. “Hoje nós temos quimioterapia, radioterapia, braquiterapia, cirurgia oncológica, vários especialistas que trabalham com cancerologia, seja no âmbito de cirurgia de outras especialidades ou no suporte de clínica médica, endocrinologia, nutrição, psicologia, fisioterapia e outros serviços,tudo voltado para os pacientes oncológicos e o crescimento foi fabuloso. A criança nasceu, passou da adolescência e está chegando a um grau de maturidade, produzindo trabalhos de grande impacto para a sociedade”, disse Marcos Fortes ao correlacionar os serviços prestados a população com os trabalhos científicos produzidos pela equipe médica do HRBA.
Entre os serviços disponibilizados na área da oncologia está a oncohematologia, especialidade que trata os cânceres sanguíneos e de medula óssea como Leucemias, Linfomas, Mielomas, Síndromes Mieloproliferativas, Linfoproliferativas, entre outras. A médica oncohematologista, Kalysta Resende, explicou que “de acordo com o perfil epidemiológico da doença oncológica no Oeste do Pará, as neoplasias hematológicas estão entre as dez principais causas de internação oncológica, ocupando as Leucemias a quarta posição entre os adultos e a primeira posição entre as crianças (as leucemias e os linfomas representam cerca de 75% dos cânceres na infância)”, declarou a médica após informar que Santarém apresenta percentuais significativamente bem mais elevados que os percentuais nacionais e estaduais.
O médico oncologista clínico, Carlos Augusto Hummes, relacionou a crescente demanda de pacientes oncológicos no HRBA com a vinda de pacientes de Santarém que estavam em tratamento de outros centros e ainda falou dos avanços da oncologia em Santarém. “Pude constatar o aumento progressivo da demanda de pacientes em tratamento, praticamente triplicando o número de procedimentos (quimioterapias). Houve também o fenômeno da migração de doentes que se tratavam em outros centros como Manaus e Belém para a nossa cidade, o que é um sinal claro de confiança no trabalho e competência da equipe que trata o câncer no HRBA. No plano do ensino, o hospital cresceu exponencialmente, com a parceria da residência médica da UEPA, já contando com residentes de cirurgia geral e cancerologia clínica auxiliando e se especializando no tratamento de neoplasias malignas, o que inseriu com mais força o Hospital no âmbito científico, produzindo vários artigos e trabalhos publicados em revistas, congressos nacionais e internacionais de oncologia”, declarou Hummes.
Entre os muitos trabalhos apresentados em congressos podemos citar se: “Dermatomiosite em Câncer de Mama”, de autoria dos médicos Carlos Hummes, kalysta Borges e Zilene Medeiros apresentado em outubro de 2013 no XIII Congresso da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC),“Carcinoma de Mama Esquerda associada a Tumor Filóide de Mama Direita”, autores: Carlos Hummes, Angeluce Santos, Marcos Fortes, Kalysta Borges, Moacir Borelli, Zilene Medeiros, Jéssica Toledo, Márcia Marília Oliveira, Fábio Dolzany, Euler Amaral e “Carcinoma Epidermóide de Pele Metastático com Compressão Medular”. Autores: Carlos Hummes, Kalysta Borges, Zilene Medeiros. Em novembro de 2013, o HRBA também reconhecimento internacional, expondo um de seus trabalhos científicos no Chile.
Outro avanço significativo para o tratamento oncológico infantil em Santarém é a parceria entre o HRBA, Secretaria Municipal de Saúde e o Instituto Ronald McDonald, que desde julho iniciou o Programa Diagnóstico Precoce do Câncer Infantil, programa que consiste em capacitar profissionais de saúde para detecção da doença ainda na fase inicial. “Em se tratando de criança todos os sintomas devem ser levados em consideração, uma pele amarelada, um cansaço, a falta de apetite podem ser sinais que a saúde da criança não vai bem e de repente a mãe pode até não querer acreditar mais o seu filho pode ter uma leucemia, que é um câncer no sangue e precisa de tratamento. Quanto antes o câncer for diagnosticado maior serão as chances de cura”, explicou a médica oncopediatra Alayde Viera.
Além de ser uma referência no tratamento oncológico para a nossa região, o HRBA também se tornou um centro de formação de profissionais em saúde. “Em parceria com a UEPA, já dispomos da residência médica em Oncologia Clínica que será expandida em 2014. Também temos plenas condições de implantarmos a residência médica em Cirurgia Oncológica em 2014. A qualidade dos serviços e o comprometimento de nossos profissionais faz a diferença e por isso conquistamos o reconhecimento de Hospital de Ensino e Pesquisa junto aos Ministérios da Educação e Saúde. O Serviço de Oncologia do HRBA cresce de forma exponencial, e a maior beneficiada é a nossa população”, finalizou o Diretor Geral do HRBA, Hebert Moreschi.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/HRBA
O atendimento a pacientes com câncer no HRBA é precário e a empresa Pro-Saúde, que administra o hospital regional, esta sendo questionada pelos deputados estaduais porque vem recebendo valores milionários da SESPA, sem prestar os serviços que foram contratados. Vejam a denuncia do Diário do Para:
http://www.diariodopara.com.br/N-175424-ATENDIMENTO+CONTRA+CANCER+EM+SANTAREM+E+PRECARIO.html
O Impacto deve esclarecer a população de Santarém que os atendimentos especializados a pacientes com câncer como: cirurgias oncológicas, quimioterapia, radioterapia, consultas oncológicas, etc, só podem ser feitos por profissionais habilitados legalmente (com residência medica e titulo de especialista em oncologia) nos Conselhos de Medicina. O HRBA só conta com um cirurgião oncológico (Dr. Marcos Fortes) e um oncologista clinico (Dr. Carlos Humes) residindo em Santarém, não sendo possível para apenas dois médicos oncologistas realizarem 12.424 consultas oncológicas, 4.797 sessões de quimioterapia e 24.039 sessões de radioterapia, 805 cirurgias oncológicas e 383 internações em 2013, como informou a Pro-Saúde. Esses números elevados de tratamentos oncológicos divulgados pela Pro-Saúde só confirmam as denuncias de que profissionais sem habilitação legal (residência medica e titulo de especialista em oncologia) estão tratando pacientes com câncer e colocando em risco a vida da população.
Se o HRBA estivesse essa maravilha que aparecem nas propagandas na mídia, a Pro-Saúde não estaria sendo ameaçada de ser investigada por uma CPI na ALEPA e, nem a Comissão de Saúde da Câmara dos Deputados do Para estaria chamando o Secretario Estadual de Saúde para se explicar sobre a razão de repassar R$85 milhões de reais para o hospital sem que a Pro-Saúde cumpra as metas, que foram contratadas e pagas com o dinheiro publico.