Informe RC
MAR DE LAMA- I
Para milhões de brasileiros que leem jornais, ouvem noticiários de rádios e de canais de TVs, o governo da companheira presidente Dilma está vivendo num mar de lama. Parodiando o ex-presidente Lula nos seus arroubos oratórios, nunca dantes na história do Brasil, de 2003 pra cá, houve tantos escândalos de desvios de dinheiro público, de mortes por motivação política e de chantagens, quanto agora. Para simplificar: começou com o Mensalão no 1º governo do ex Lula da Silva (2003–2004) quando acima de 200 milhões de reais foram subtraídos de órgãos federais para compra de partidos e parlamentares para votarem matérias de interesse do governo no Congresso, redundando na Ação Penal 470, a do Mensalão, quando o Supremo Tribunal Federal condenou e mandou cumprir penas em Penitenciárias 25 réus, entre os quais dirigentes do PT à época. Nos primeiros 6 meses do governo Dilma (2011), 6 ministros foram exonerados “a pedido” pela companheira, acusados de corrupção.
MAR DE LAMA- II
Atualmente, o assunto político de conhecimento nacional, até nas malocas os índios sabem, se prende à Petrobrás, de onde 10 bilhões de reais foram arrecadados por um ex diretor (preso), a título de comissão, de contratos superfaturados de empresas prestadoras de serviços, algumas fantasmas, com a estatal, e entregues a um doleiro (preso) que repassou a dinheirama a partidos e políticos ligados ao governo. Adversários da presidente, na disputa pela presidência, surfam nos deslizes praticados com o dinheiro do povo. Marina Silva (PSB) diz não conseguir acreditar do PT ter colocado por muitos anos um diretor para assaltar os cofres da Petrobrás. Aécio Neves (PSDB) disse: poucas vezes na história desse país o povo assistiu tanta desfaçatez. O novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro Francisco Falcão, numa conferência da OAB, em Belém, defendeu o jogo duro contra os corruptos que enojam o país. Com mais um escândalo, idêntico ou parecido com esse último da Petrobrás, o Brasil explode, e os culpados, como sempre, apesar de alertados, vão jurar inocência.
PARA QUE TANTA TERRA?
O ministro político do Ministério da Justiça, filiado ao PT paulista, embora criticado, continua empurrando com a barriga, pedidos de soldados da Força de Segurança Nacional, para garantirem cumprimento de mandados de reintegração de posse emitidos pela Justiça contra índios que, usando arco e flecha, há meses invadiram fazendas no interior da Bahia, expulsando das terras produtivas centenas de famílias de produtores rurais e pequenos criadores, residentes há mais de século em áreas devidamente documentadas no nome dos legítimos proprietários que recorreram à Justiça para obterem a devolução, no que a Justiça Federal da Bahia deu prazo de 45 dias ao governo federal, com citação á companheira Dilma, para que, ou a quem de direito, tome as providencias para desocuparem as fazendas. Para que etnias indígenas querem tanta terra se já são “donos” do faz de conta de quase 12% do território nacional, sem plantarem um pé de couve, uma bananeira ou jerimum, vivem à custa do governo e, diante das leis, quando cometem crime, são tidos como inimputáveis, ou seja, “não sabem” o que fazem? Mas sabem.
O TRÂNSITO VIROU TERROR
Início de agosto, semanário local estampou na primeira página que acidentes de carros, em Santarém, tinham caído 40% (boa notícia, né?), como se o trânsito estivesse às mil maravilhas, mas não está. Pelo número divulgado diariamente na mídia, mostra que a situação está caminhando para índices alarmantes, como diz o bom médico santareno Júlio Cesar Castro: acidente de trânsito na cidade virou terror. Continua cortando vidas, congestionando o Pronto Socorro Municipal (retardando atendimento a outros pacientes, alguns em estado grave) e fabricando inválidos para aumentar o déficit da Previdência Social, esvaziando os cofres do SUS que paga as contas pela irresponsabilidade de condutores inabilitados e alcoolizados, principalmente de motocicletas que ocasionam a maioria dos acidentes. Deve haver por parte dos responsáveis pelo trânsito (SMMT e SETRAN) uma explicação para que juntas possam buscar uma solução. Só que não buscam, e fica tudo como está (matando e aleijando). Enquanto houver indicação política para dirigir órgãos responsáveis por vidas, a carnificina não acaba, só aumenta.
NÃO COM DESAFORO
A Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) nunca defendeu os consumidores de energia, e sim as concessionárias que repassam às distribuidoras, como a Celpa Equatorial que, a partir de agosto, teve aumento, com aval do governo federal, de 34,34% aos quase 2 milhões de usuários paraenses que pagam o quilowatt/hora mais caro do país. Início do mês, esteve em Brasília comissão composta de parlamentares e empresários do estado, presidida pelo presidente da Assembleia Legislativa, que foi reivindicar apresentando propostas, junto a ANEEL e Ministério de Minas e Energia, a revisão do aumento considerado excessivo, e do governo dispensar a cobrança de alguns impostos. Resumindo: receberam um não, e do reajuste, baseado em “estudos”, dado à Rede Celpa ser irreversível. O lado ruim foi um funcionário do Ministério de Energia afirmar a membros da comissão, dos paraenses terem a cultura de roubar energia e sermos campeões nacionais nessa modalidade. Quem rouba mais, o povo que faz gatos na rede elétrica ou a Celpa que, acima de 10 anos, com suas paradinhas e oscilações diárias, ocasiona prejuízos de milhões de reais ao comércio e à população? Nesse tipo de cultura, a distribuidora de energia detém o título de campeã mundial.
A FALTA QUE A GUARDA FAZ
O prefeito Alexandre Von deve ter uma motivação muito forte para não reativar a Guarda Municipal, criada por lei no início dos anos 60 pelo ex-prefeito Everaldo Martins, no momento que mais se faz necessária para impedir depredações de bens públicos como praças e escolas que viraram vítimas de malfeitores movidos a álcool e drogas, que tomam conta do lado bandido da cidade. Santarém talvez seja a única cidade de porte médio do Brasil com mais de 150 mil habitantes que não conta com uma Guarda Municipal na ativa auxiliando a administração. A denúncia já vem de muito tempo, mas agora se tornou verdadeira, e começa a mexer com os brios das famílias do bem. Sexo, drogas e poluição sonora tomaram conta do lugar mais aprazível da cidade, a Orla, que nos finais de semana e vésperas de feriado varam as madrugadas promovendo orgias e arruaças, e poucos são incomodados. Caso houvesse Guardas Municipais procedendo fiscalização no cartão de visita da cidade, não havia esse tipo de vandalismo. Recrie a guarda, prefeito, antes que seja tarde.
BANDIDOS EM AÇÃO
Virou rotina, no país, grupo de assaltantes fortemente armados renderem policiais de plantão e assaltarem agências bancárias e destruírem caixas eletrônicos para roubar dinheiro. Em Porto Alegre, ladrões passaram um final de semana (30 horas) dentro de uma agência do Banco do Estado e, usando serra e maçarico, chegaram ao cofre e levaram todo o dinheiro. Cidades pequenas do Nordeste e do Norte, casas bancárias e caixas eletrônicos estão sendo explodidos à vontade. No Pará, não tem sido diferente. Segunda (08), um bando, sem deixar pistas, de madrugada, destruiu e limpou pela segunda vez um caixa eletrônico do Banco do Brasil, localizado no prédio da Prefeitura de Mojui dos Campos, que não possui segurança e nem vigia. Na quinta (11), uma quadrilha de 8 bandidos chegou à Agência do Banco do Brasil, na cidade de Baião, na hora do expediente (10 da manhã), dando tiros, quebrando vidros do prédio, levando toda a grana, e 5 pessoas reféns, liberadas horas depois. A Polícia, prender algum bando e recuperar dinheiro, nem notícia, e os ladrões, ainda não foram localizados.
VENCIDOS PELO TEMPO
Uma reclamação da população que respinga na administração municipal, atingindo diretamente o prefeito, é referente a transportes coletivos (ônibus) que, além de não obedecerem horário, não respeitarem idosos e nem paradas obrigatórias, normalmente, a partir das 11 da noite, somem de circulação deixando estudantes sem condução. A queixa maior se prende à situação de veículos sucateados que vencidos pelo tempo e na 4ª idade estão sem condições de transportarem passageiros e circularem no trânsito da cidade, por oferecerem perigo aos usuários. Semana anterior, um, foi consumido pelo fogo no centro da cidade. Outros ficam pregando, com passageiros descendo, sendo rebocados para a garagem. Têm uns que do piso se vê o chão das ruas. A titular da Secretaria Municipal de Mobilidade e Trânsito devia zelar pela imagem do prefeito, enquanto o município não se enquadra na determinação baseada em lei do Juízo da 8ª Vara Cível da Fazenda Pública, de abrir processo licitatório para linhas de transportes coletivos, o que implica na renovação das frotas, aguardada até o fim do ano, e mandar retirar das ruas essas sucatas que dão mau aspecto à cidade.
EDUCAÇÃO EM BAIXA
No primeiro semestre do ano, o Sindicato dos Professores do Estado de São Paulo, baseado em pesquisas, divulgou que maioria dos alunos concluintes do ensino médio e fundamental, deixava as escolas sem saber interpretar o que lê. Nesta segunda semana do mês, o Índice de Educação Básica (IDEB), divulgado pelo Ministério da Educação, mostra que o ensino médio e o fundamental, nos anos finais, do 6º ao 9º, nas escolas públicas, não atingiram a meta prevista de qualidade de ensino, e das escolas particulares, nas 3 fases, nenhuma conseguiu alcançar a meta do IDEB. Mestra em educação da Pontífice Universidade Católica, do Rio de Janeiro, debita o fracasso do não atendimento das metas dos anos finais do ensino fundamental e médio à falta de continuidade das políticas públicas voltadas à educação. Institutos de pesquisas, sediados no exterior, há bastante tempo vêm mostrando do ensino, no Brasil, em todos os níveis, do jardim de infância ao superior, onde bilhões de reais são investidos, ser um do piores entre as nações pesquisadas. Na América do Sul, fica atrás de muitos países. Você sabe o nome do atual ministro da Educação? Ele diz que não. A companheira Dilma também.
RESPEITO À LEI
O ministro Ricardo Lewandowski, no discurso de posse como presidente do Supremo Tribunal Federal, declarou ser contrário à prática do Nepotismo no serviço público, prometendo fazer respeitar a Súmula Vinculante nº 13 do órgão que proíbe emprego à parentada até o 3º grau e afins sem passarem por concurso público, o que não é respeitado pela maioria dos prefeitos e presidentes dos legislativos, apesar das ameaças de responderem ações contra a administração pública e a devolução dos salários percebidos pelos consanguíneos nomeados. No Oeste paraense, essa Súmula virou potoca pela prática desenfreada do crime. O difícil é saber qual município onde não exista Nepotismo na administração, já que para muitos administradores do dinheiro do povo a família está em primeiro lugar, pelo menos enquanto durar o mandato.
FAZER O QUE?
As gangues compostas por menores de 18 anos, membros da juventude de futuro incerto, que tomam conta da cidade, ajudadas pela falta de policiamento e escuridão, continuam matando quando há necessidade, e praticando furtos para manterem o vício. Rara semana que pelo menos duas ou três vezes não arrombam escolas e templos religiosos em busca de dinheiro, torneiras, lâmpadas, botijões de gás, fogões e outros objetos para venderem a receptadores ou trocarem por drogas nas bocas de fumo. Constitui perigo às escolas colocarem vigia sem arma, já que os mesmos, quando não são rendidos, como aconteceu na Escola Estadual Felisbelo Sussuarana, na hora do arrombamento, podem perder a vida em caso de reação. Fazer o que? Nem a Polícia sabe.
NOTAS CURTAS
1º- Diretor de uma escola da grande Florianópolis entregou e pediu a devolução de 3 mil livros escolares que tinha dado a uma empresa que reciclava, depois da “doação” ser descoberta nas redes sociais. – 2º- O novo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ) disse ser alarmante o número de processos judiciais no Brasil sem serem julgados. Prometeu dar prioridade a ações penais que envolvem políticos, governadores e membros do Judiciário. Disse do país não aguentar viver diante de tamanha impunidade. Vamos ver. – 3º- Ex-campeão sul americano e vice brasileiro de boxe, que defendeu o Brasil em muitos países e era vendedor ambulante em São Paulo, foi morto à bala por um Guarda Civil Metropolitano. – 4º- Um pensionista do INSS de 68 anos, no Paraná, dado como morto no órgão, briga há mais de ano na Justiça para provar que está vivo e voltar a receber a aposentadoria, que depende do despacho de um Juiz. Que demora! – 5º- As plataformas de 11 estações de trem, no Rio de Janeiro, se transformaram em postos de venda e consumo de drogas.