UFOPA sedia Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação em Santarém
A Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA) sediou a primeira Mostra de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Regional, evento realizado pela Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação (SECTI) e pelo Sebrae nos dias 15 e 16 de setembro de 2014, em Santarém, PA.
“Fiquei surpreso com a qualidade de experimentos apresentados pelos expositores da Mostra. Se as instituições parceiras continuarem apoiando, o evento vai crescer”, afirmou o Secretário Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação, Cláudio Cavalcante Ribeiro, durante a solenidade de abertura. “Tenho absoluta convicção de que não se faz a disseminação do conhecimento sozinho. É uma ação coletiva, que precisa de parcerias”.
Segundo o Secretário, a Mostra, que também será realizada em outros municípios do Estado, visa fomentar o empreendedorismo inovador e a descoberta de novos talentos e vocações. “Queremos ampliar o público visitante e mostrar que o conhecimento não é algo muito distante, caro, a que só alguns privilegiados têm acesso”, afirmou. “O conhecimento pode e deve melhorar a condição de vida de todos. É eclético o suficiente para despertar o interesse de todos”.
INOVAÇÃO: Cláudio Ribeiro também destacou o empenho dos alunos e professores da UFOPA na formulação de tecnologias inovadoras para a área da educação. “Temos uma quantidade imensa de alunos que estão desenvolvendo TIC’s para a educação. Na UFOPA, tem aluno que já está produzindo protótipo de impressora 3D”.
Um dos destaques da Mostra foi a palestra “Inovação e Compromisso Social para a excelência acadêmica, a experiência da UFAM”, ministrada, durante a abertura, pela pró-reitora de Inovação Tecnológica da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), Maria do Perpétuo Socorro Rodrigues Chaves, que falou sobre os desafios da inovação na Amazônia e nas universidades públicas federais. “A inovação deve incorporar valores aos produtos, processos e serviços, com distribuição de renda e com acesso democrático a bens e serviços sociais”.
Segundo Maria do Socorro Chaves, a maior parte das inovações passam por um processo de difusão do conhecimento, elemento mais importante para se inovar. “Nesse sentido, as nossas instituições precisam entender o seu papel no mundo globalizado e as novas tendências que se impõem às universidades. No entanto, temos que ter uma visão crítica da ciência”, alertou.
Segundo Maria Chaves, as instituições de ciência e tecnologia precisam assumir novos compromissos na sociedade, assim como os conhecimentos gerados devem contribuir para a formação de profissionais com visão de empreendedorismo e inovação social e cultural. “Há uma resistência muito grande das universidades em se relacionar com o setor produtivo, devido a resistências ideológicas, ausência de regulamentação interna e falta de cultura de propriedade intelectual”.
Dentre os principais desafios para a Amazônia, a professora destacou a transferência de tecnologia das instituições de ciência e tecnologia para o setor produtivo, a superação das lacunas de conhecimento sobre a sociobiodiversidade da região e a construção de alternativas de melhoria da qualidade de vida respeitando as diversidades biológicas e socioculturais.
Fonte: RG 15/O Impacto e Ascom/Ufopa