Emater fomenta a produção de farinha de piracuí no Oeste do Pará
O preparo da farinha de piracuí, iguaria típica da região Oeste do estado, passa por um processo de requalificação por meio do trabalho da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Estado do Pará (Emater) no município de Almeirim, região do Médio Amazonas. Desde o início de outubro, agricultores familiares estão recebendo orientação agregar valor ao ingrediente, base de diversos pratos, o que pode gerar um aumento de até 46% no valor final do produto no mercado local. Para isso, a Emater trabalha para instalar, até ao final do ano, uma Unidade Demonstrativa (UD) na região do Chicaia.
Os técnicos da Emater estão empenhados em melhorar a produção da farinha feita do acari, espécie de peixe abundante na região. A orientação iniciou na comunidade Fazenda Grande, no Rio Chicaia, na propriedade de Maria Conceição Paixão, atendida há cerca de 20 anos pela Empresa, com noções de boas práticas que vão desde a manipulação até a embalagem. A agricultora, no período de safra, que vai de setembro a janeiro, chega a produzir três toneladas, com o quilo sendo vendido a R$ 15, o quilo. Após a adequação o valor do quilo pode chegar a R$ 22.
Segundo o chefe local da Emater em Almeirim, Elinaldo Martins, o preparo da farinha de piracuí no município terá de atender às normas estabelecidas pela lei, de outubro passado, que regulamenta a comercialização de produtos artesanais comestíveis de origem animal. “O mesmo processo também está sendo aplicado à produção de queijo de búfala em Almeirim. Para isso estamos repassando ao nosso público beneficiário a necessidade de estabelecer um fluxograma produtivo nas propriedades para evitar a contaminação dos alimentos, seja ele o leite ou o peixe, neste caso”, destacou.
Para haver um controle maior na fabricação da farinha de piracuí uma unidade demonstrativa deve ser erguida na propriedade da família Paixão até ao final do ano, até para servir de exemplo para as famílias vizinhas. Elas receberão noções para confecção de ração à base de peixe, mais precisamente os restos do acari (escamas, cabeça e ossada), para alimentação de pequenos animais e bovinos.
Martins ainda ressalta que é preciso seguir as regras sanitárias, desde o recebimento do acari, passando pela lavagem adequada do pescado – em um espaço externo – seguindo para o cozimento, descamação e o desfio da carne em uma mesa de inox. “Para isso, o espaço precisa ser telado para excluir a presença de moscas. Os cuidados seguem, ainda, para as fazes de prensa, retirada da umidade, torragem do peixe e na embalagem do produto. E, fechando o rol das medidas requeridas para essa adequação, as vestimentas apropriadas ao trabalho, como toucas, avental, botas brancas, cabelo preso em touca e unhas bem cortadas”, explicou.
CLÁUDIO BARROS MINISTRA OFICINA EM SANTARÉM PELO INSTITUTO DE ARTES DO PARÁ
Desde o início desta semana, o Instituto de Artes do Pará está no município de Santarém, com a oficina “Dramaturgia Pessoal do Ator”, ministrada pelo diretor, ator e preparador de elenco, Cláudio Barros, na Escola de Artes de Santarém. Ao todo, 12 inscritos participam das atividades, que seguem até esta sexta, 10 de outubro.
Aglutinando técnicas que trabalham, especialmente, a partir das emoções e memória dos atores, a oficina é um aprimoramento de conhecimento do ator. Segundo Cláudio Barros, “na oficina, o ator entra em contato com um caminho da construção da cena, onde todos os indutores dela partem das suas experiências de vida e de mundo; além de ser feito individualmente, ator por ator.”, elucida.
Cláudio explica que um dos diferenciais da oficina é que ela é um se apresenta num desenho de imersão, onde o ator não encerra o estudo quando sai da sala, mas o faz de forma continuada nas pesquisas de campo pela cidade. O ministrante conta ainda que o ritmo da oficina é bastante rígido, mas que ao final, será um trabalho que os atores poderão continuar nos seus grupos e companhias teatrais.
Incluída dentro das atividades da XXIV Mostra de Teatro de Santarém, a oficina foi levada como proposta de aperfeiçoamento para o ator santareno, possibilitando até mesmo um aprimoramento para a mostra de encerramento da semana de teatro.
Após o encerramento da oficina, Cláudio Barros apresenta ainda o espetáculo “Solo de Marajó”, baseado em texto de Dalcídio Jurandir e produzido pelo Grupo Usina Contemporânea. A peça abre a XXIV Mostra de Teatro de Santarém, no dia 10. “Acho importante que as pessoas, principalmente os atores que estão na oficina assistam o espetáculo para compreender esta forma, este pensamento de teatro.”, conclui.
Em paralelo à oficina, Claudio Barros também está em Santarém selecionando castting para a próxima mini série da TV Globo: “Dois Irmãos”, do diretor Luz Fernando Carvalho (“Hoje é Dia de Maria” e “Meu Pedacinho de Chão”). Segundo Cláudio, o perfil do elenco pode ser encontrado tranquilidade na região do Tapajós. “Estamos procurando atores e não atores, crianças e adolescentes. É possível que seja alguém”, acredita.
Fonte: RG 15/O Impacto e Agência Pará
farinha de piracui é um dos ítens que faz parte da economia da região.Com certeza deveria ser melhor cuidada por parte da Emater e orgãos governanamentais. aqui a galera não dá valor, mas lá fora, na capital e outros estados, vale quase que pó de ouro, a começar pelo preço. Vamos criar vergonha e dar mais valor aos produtos regionais.