MPF debaterá entrada de navios estrangeiros em Santarém
Um susto que aconteceu no último fim de semana em Santarém quando um navio cargueiro que estava ancorado no porto de Macapá, no Estado do Amapá, anunciou que viria à Santarém para embarcar produtos da região e, que gerou repercussão nacional, por conta dos riscos na contaminação vírus Ebola motivou as autoridades administrativas e médicas a buscar alternativas de prevenção.
O navio Stoja, de bandeira das Bahamas, havia passado próximo ao Guiné, quando veio para a Amazônia. Diante da situação, autoridades avisaram que vão reunir nesta semana para decidir as formas que serão usadas, para que navios estrangeiros atraquem no Porto de Santarém.
Entre os órgãos envolvidos estão: o Ministério Público Federal (MPF), Prefeitura de Santarém e a Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa).
Em relação a várias informações veiculadas nas redes sociais dando conta de que um navio procedente da Guiné viria à Santarém, a Prefeitura esclarece que recebeu informação oficial da empresa Cargill Agrícola S/A de que o navio MV STOJA, com bandeira das Bahamas, não irá atracar no terminal da empresa em Santarém.
De acordo com a Cargill, o navio não é originário da Guiné. Houve uma parada naquele País, mas sem que o navio atracasse. Mesmo assim, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), órgão responsável pela fiscalização e inspeção de todos os navios que entram em território brasileiro, atestou a segurança do navio e de sua tripulação.
Apesar de todas as precauções tomadas, a Cargill informou que não receberá em seu porto o navio MV STOJA.
A Prefeitura, por sua vez, esclarece que está atenta aos fatos e reitera sua posição de acompanhar todos os atos que tratem da segurança e do bem-estar da população de Santarém.
INFORMAÇÃO: A ameaça de Ebola no navio, que teria vindo de países africanos com incidência da doença, foi publicada inicialmente numa rede social. O navio estaria atracado em frente a Macapá aguardando a quarentena de 21 – período de incubação da doença – para seguir até Santarém.
A nota da Cargill diz que, ao contrário do boatos, o navio não é originário da Guiné. “Houve uma parada em Guiné, mas a embarcação não atracou no país”, diz a nota assinada por Adriano Miranda.
Ele também diz que a Anvisa inspecionou o navio e constatou a segurança dele e de sua tripulação, “deixando claro que não haveria qualquer risco em recebê-lo. A Cargill, no entanto, decidiu não receber o navio para tranqüilizar os moradores da cidade”.
Fonte: RG 15/O Impacto